Durante pronunciamento ao vivo pelas redes sociais, o deputado Maurício Marcon e sua esposa analisaram as consequências internacionais do destempero da primeira-dama, Janja, que atacou gratuitamente, e com palavras chulas, o empresário Elon Musk, que fará parte do governo Trump.
A esposa do deputado, Paty, apontou: “ela não consegue ter essa visão de que ali ela é a primeira-dama, que o que ela fala tem repercussões. É assustador”. Paty enfatizou ainda o desrespeito com o homem envolvido no episódio com fogos de artifício em Brasília, e lamentou: “esse é o nível da nossa primeira-dama. É chocante”. O deputado Maurício Marcon complementou: “é chocante, mas não surpreendente”.
O deputado Maurício Marcon apontou as consequências internacionais das declarações desastradas da primeira-dama: “isso traz consequências, inclusive na nossa diplomacia. O presidente Bolsonaro, ontem, quando isso aconteceu, ele postou no X ‘mais uma crise diplomática’, porque a gente tem hoje o Elon Musk, que é um dos homens fortes do governo Trump”.
O deputado lembrou que os Estados Unidos são a maior potência mundial e que o Brasil sempre teve boas relações com o país. Ele disse: “o Brasil tem relações historicamente muito boas com os Estados Unidos. Os Estados Unidos é a maior economia do mundo. Tem 11 porta aviões, ou seja, militarmente os Estados Unidos é a maior potência, anos-luz na frente da segunda maior potência militar. E a gente está se alinhando aí a países como o Irã, como a própria Rússia, Cuba, a Venezuela”.
Marcon alertou: “isso para nós, inclusive no comércio, nas relações que a gente tem com os outros países, é muito danoso. Hoje nós somos um anão, anãozíssimo diplomático. Hoje nós estamos fora das maiores discussões do mundo. Nós somos insignificantes. Uma, por ter um presidente que é um ex-condenado por corrupção (...) Países verdadeiramente democráticos olham para o Brasil e pensam ‘Meu Deus, um corrupto condenado em três instâncias, libertado por uma manobra do Supremo Tribunal Federal’. Nós já estávamos atrás de países normais. Aí vem uma mulher como essa aí, e ataca o maior gênio da humanidade da atualidade. Aí, realmente fica muito complicado, né?”.
O deputado lembrou ainda que Lula atacou o próprio presidente eleito, pouco antes da eleição. Ele disse: “E aí a gente tem uma relação com o governo Trump, como país, que já vai ser muito difícil, afinal, o nosso presidente, também num ato patético, disse que o Trump era nazista e ai logo depois pediu voto pra Kamala, e três dias depois o Trump ganhou”.
Marcon acrescentou: “o próprio Alexandre de Moraes prendeu um dos conselheiros do Trump, quando ele veio ao Brasil. Existe uma suspeita enorme de que tenha sido feito um pedido, de alguma autoridade brasileira, para que os Estados Unidos fabricassem aquele negócio do Filipe Martins, que ele teria ido para os Estados Unidos, o ex-assessor do presidente Bolsonaro. Ele ficou seis meses preso baseado num documento falso. Alguém lá produziu. Pedido por alguém que você deve imaginar, provavelmente, quem foi”.
O deputado resumiu: “então, a nossa situação como país perante os Estados Unidos já está muito delicada. E aí a gente tem situações como essa. Foi tão bizarra que o próprio Lula fez um discurso logo depois e disse que a gente não tem que xingar ninguém. Então o próprio presidente Lula deu um esporro na frente das câmeras para o mundo inteiro, para o mundo inteiro ver que ele não concordou. Claro que ele concordou, mas não daquele jeito (...) Então envergonha, né? A gente imaginou que ia ser um fiasco o governo do Lula, mas ele tem surpreendido muito”. O deputado também comparou a condução da economia no Brasil com a Argentina e lamentou: “a gente caminha a passos largos para o retrocesso”.
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