O senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, participou da audiência pública realizada na Comissão de Segurança Pública do Senado, sobre a situação dos presos políticos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O senador apontou que o intenso trabalho feito pelos advogados dos presos e por alguns parlamentares é solenemente ignorado pelo ministro Alexandre de Moraes, que age sem qualquer respeito às leis.
O senador expôs que algumas ações vindas do exterior podem vir a ajudar os presos e perseguidos políticos, iniciando com o caso das pessoas que foram presas na Argentina apesar de terem o asilo provisório. O senador explicou que, apesar de um juiz alinhado à extrema-esquerda ter determinado a prisão, “a palavra final sobre a extradição cabe ao Presidente da República da Argentina”. Flávio Bolsonaro disse: “a expectativa que nós temos é que na Argentina venha mais um sinal claro para o Brasil de que lá se respeitam os tratados internacionais, que lá se respeitam aqueles que são perseguidos políticos e que lá é dada guarida a essas pessoas, que não têm a quem recorrer aqui no Brasil”.
Flávio Bolsonaro lembrou que os Estados Unidos se recusaram a deportar o jornalista Allan dos Santos, e acrescentou: “É lá dos Estados Unidos que está vindo também a resposta, num caso concreto, da armação que fizeram com Filipe Martins, em que se fundamentou a manutenção da sua prisão como se ele quisesse fugir do país. Alguém, lá na imigração dos Estados Unidos, possivelmente com ligação com autoridades do Supremo aqui no Brasil, forjou uma prova de que ele teria tentado entrar naquele país, o que não aconteceu. Portanto, lá há um processo concreto para apurar em que circunstâncias isso aconteceu e que pode ter reflexos aqui no nosso Brasil. Portanto, eu fico confiante de que também venha de lá uma parte dessa resposta, porque nós aqui precisamos fazer a nossa parte, mas, de lá, também vem essa resposta, como já veio com relação ao Allan dos Santos”.
Flávio Bolsonaro lamentou a omissão subserviente do Senado Federal, apontando: “Todo mundo sabe que ele quebrou os pilares da democracia do nosso país. É inadmissível o que ele faz e daí a sensação de impotência de quem está advogando, dos familiares de quem está sofrendo em cárcere, em função de uma injustiça de alguém que avoca para si um processo que não tem competência para atuar, sem provocação do Ministério Público; de alguém que escolhe quem vão ser os policiais que vão fazer as investigações dos alvos já predeterminados pelo Alexandre de Moraes e, quando fica ruim a investigação, ele manda voltar, porque não está do jeito que ele quer. Isso porque ele quer mais fundamentos para condenar à pena que ele já estabeleceu também, seja de prisão, seja de desmonetização do ganha-pão dessas pessoas, seja de exclusão de cargo público”.
O senador apontou que, assim como na condução dos inquéritos políticos, também à frente do TSE o ministro Alexandre de Moraes mostrou constantemente sua parcialidade. Ele disse: “O Lula deve ao Alexandre de Moraes ele ter sido declarado Presidente da República, porque ele não deixava a campanha do Presidente Bolsonaro andar”. O senador lembrou a censura aberta que ocorreu durante a campanha e disse: “É isto aqui que acho que deixa o povo indignado: a diferença no tratamento a quem é de esquerda e a quem é de direita”.
Flávio Bolsonaro também ironizou as narrativas fantasiosas utilizadas para justificar a imposição de perseguição, humilhação e penas antecipadas a opositores políticos, exemplificando com a operação ocorrida hoje. Ele disse: “Esse episódio de hoje reflete bem o que vem acontecendo ao longo do tempo, as narrativas que vão criando, com o apoio da grande mídia, alguma sensação de que essas pessoas têm que ser punidas, que fizeram algum mal, quando não fizeram. Essa situação de hoje não era nem para ter inquérito aberto (...) não há nem crime, mais um episódio em que não há crime. Não só é aberto inquérito pela Polícia Federal como encomendado na PGR, é oferecida denúncia para uma pessoa que supostamente é a vítima desse plano de assassinato, Alexandre de Moraes - quer dizer, não poderia, mais uma vez, ele tomar decisão num inquérito ou num processo como esse... E que se fo** - desculpa a expressão, mas é para ficar puto, porque isso acontece reiteradamente, e não tem a quem recorrer”.
O senador afirmou: “Eu digo o seguinte ao Alexandre de Moraes, que ele tem duas opções: ou a gente aprova a anistia aqui, ampla, geral e irrestrita para todo mundo e algum Parlamentar faça uma emenda para inclui-lo nessa anistia, porque ele cometeu crimes ao longo desse tempo; ou a gente, da mesma forma, vai aprovar a anistia e, quando nós tivermos maioria neste Senado, a gente vai cassar o Alexandre de Moraes, ele vai ser impedido pelos diversos crimes que ele reiteradamente está cometendo, desgraçando a vida de centenas, de milhares de famílias brasileiras. Uma hora esse mal vai acabar”.
Flávio Bolsonaro apontou: “O Alexandre de Moraes continua usando o remédio errado e em dose errada. Tudo o que aconteceu no 8 de janeiro é consequência das decisões dele, das posturas dele. (...) Então, em função do que fez Alexandre de Moraes, aconteceu o 8 de janeiro. Alguém ia sair de casa se tivesse a quem recorrer, se tivesse algum recurso sendo analisado, se as leis estivessem sido aplicadas da forma correta, se a legislação estivesse sendo cumprida? Porque até o homem médio, como a gente fala, entende o que está acontecendo. A opinião pública cada vez mais entende a perseguição que está acontecendo”.
O senador prosseguiu: “Acontece agora esse fato desse cara, desse maluco, e eles continuam insistindo com remédio errado. É inacreditável a ignorância. É inacreditável o orgulho que essa pessoa tem de não vestir por um momento a veste da humildade para reconhecer que ele é o grande catalisador. Ele é o grande combustível do que está acontecendo. Não tem discurso de ódio de ninguém de direita, não. Eles são tão ardilosos que já estão usando essa conjuntura atual para vir de novo com discurso de censura em rede social, porque não concordam com o que algumas pessoas falam na internet contra eles”.
O senador concluiu dizendo: “a gente não vai dormir em paz enquanto a gente não conseguir pacificar este país de verdade, porque nós é que somos os defensores da democracia, nós é que estamos aqui denunciando todas as atrocidades que estão sendo cometidas, rasgando-se a Constituição, para impor a vontade dele, uma pessoa que age por vingança, que toma decisão com o fígado, que machuca as pessoas com a caneta mais do que um marginal está machucando as pessoas com fuzil aí na rua, porque até esses marginais têm a quem recorrer, até esses marginais perigosíssimos, esses sim têm a quem recorrer, mas os perseguidos políticos não têm a quem recorrer”.
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