quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Magno Malta ouve familiares de presos políticos de Moraes, ironiza narrativas sobre os ‘golpistas’ e prevê consequências da eleição de Trump: ‘essa eleição retumbante é uma luz que se acende’


O senador Magno Malta, ao participar da audiência pública sobre a situação dos presos políticos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, realizada na Comissão de Segurança Pública do Senado, ouviu familiares de presos políticos e enfatizou como seus depoimentos retratam a atual situação do Brasil, mergulhado na tirania. 

Ao passar a palavra à sra. Célia Regina Santos, irmã de uma presa política, Magno Malta lembrou: “nós estamos vivendo num país onde o ordenamento jurídico já não existe, onde o Estado democrático de direito foi absolutamente banido por decisões pessoais, sem que se tenha uma Constituinte!”.

A sra. Célia Regina Santos relatou os graves problemas de saúde que sua irmã,  Adalgiza Maria Dourado, desenvolveu no cárcere, e contou que um pedido de prisão domiciliar humanitária foi negado pelo PGR e pelo ministro Alexandre de Moraes. Ela disse: “eu acredito que a Constituição e os direitos individuais estão sendo, foram negados. Então, essa é a minha tristeza, a minha angústia. Eu estou aqui representando as pessoas que estão sofrendo muito, os que estão aqui no Brasil e fora. Nós somos uma família e vamos lutar. Não vamos desistir, gente, porque nós temos fé e temos um Deus, que é soberano”.

O senador Magno Malta falou sobre a desesperança que atinge os perseguidos políticos, apontando a crueldade dos algozes. Ele disse: “nós não vamos sensibilizar o coração de quem não tem coração. A gente não vai conseguir sensibilizar a alma de quem alma não tem. A gente não vai conseguir mudar a cabeça de quem preparou a sua cabeça, as suas ferramentas, para fazer o mal. Não há argumento que possa mudar isso. Onde não há ordenamento jurídico, não adianta evocar o jurídico, porque não tem resposta. É como você falar num microfone sem fio”. 

O senador explicou que a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos acende uma esperança. Malta disse: “ele foi eleito de forma retumbante, de um povo dizendo: "Nós precisamos, é necessário". Até os que não acreditavam nele, até os ideológicos que não o queriam, que o rejeitavam, diziam: ‘Não, foi longe demais, nós precisamos desse homem, nós precisamos desse posicionamento’. Então, essa eleição retumbante é uma luz que se acende, é um farol lá no final do túnel, para que a gente possa dizer: "Olhe, teremos pelo menos um Presidente..."”.

Magno Malta rebateu as alegações de que um presidente de outro país nada poderia fazer pelos brasileiros. Ele disse: “Houve muito deboche, muito sorrisinho aqui de Ministro. Alguns fizeram piada. Eu sou das artes marciais. E eu sei perfeitamente... Quem assiste a arte marcial, quem assiste a luta, já viu que, quando um oponente recebe um determinado golpe e que entra bem ajustado e que ele sente, ele dá um risozinho para fazer de conta que não sentiu. Sentiu, sentiu”.

O senador explicou: “Os Estados Unidos têm uma Constituição, e eles zelam por ela. Uma Constituição pequena, de poucos artigos, mas uma Constituição que protege o país. E o fato de fazer a Constituição americana que protege o seu país, quando ela protege o seu país, ela protege de quem? Dos adversários do país. E quem são os adversários do país? O comunismo. E, segundo o próprio Donald Trump, ele não reconhecerá nenhum comunista eleito para esta legislatura; ao tomar posse, ele não os reconhecerá, protegendo seu próprio país! Não é fazendo mal para nenhum povo, é dizendo aos ditadores que eles não serão reconhecidos pelo Estado americano. De maneira que é confiança em Deus, o final da sua fala, a sua frase. É esse tempo todo que nós temos que confiar e depender; confiar e depender, porque independe das nossas forças e depende dos caminhos e dos ventos que possam nos levar ou nos trazer vindos da parte de Deus”. 

A oradora seguinte, sra. Rosângela Costa, mãe de um preso político, relatou o sofrimento dos presos e dos familiares face à situação em que inocentes estão presos, sem direito ao devido processo legal. Ela disse: “É muito difícil a gente ver tantas famílias sofrendo, uma pessoa só tirando a paz de muita gente!”. Ela relatou: “Quando eu fui ao presídio visitar, as pessoas perguntavam se eles estavam sendo esquecidos. Eu falei: não, a gente está lutando aqui da forma como a gente pode, que a gente deve, e nós vamos vencer, porque Deus está do lado certo”. Rosângela Costa fez um apelo por ajuda e apontou: “Nós precisamos ter a nossa vida de volta. Não aguentamos mais isso, tanta injustiça. Tudo que acontece agora, o culpado é quem? O pessoal do 8 de janeiro, que não tem nada a ver com nada”. Ela pediu: “Escutem, gente, uma mãe. Eu estou pedindo a vocês. É uma mãe que todos os dias ora, que se ajoelha e que pede, e eu tenho certeza de que uma oração de uma mãe, Deus não vai deixar de ouvir. Eu creio que essa anistia vai sair, mas pelas mãos do meu Deus”.

O senador Magno Malta destacou o aspecto apontado por ela, de haver uma culpabilização de todos os que foram presos em massa e que são relacionados a toda narrativa que se cria no Brasil. Magno Malta disse: “Essa frase é significativa. No Brasil, tudo o que acontece, a culpa é do pessoal do dia 8. A incompetência de Haddad como Ministro da Fazenda; a incompetência do "taradão" da Esplanada, do Ministro dos Direitos Humanos; a incompetência e a língua solta de Janja; tudo isso é culpa do pessoal do dia 8. Tudo isso. A senhora disse bem. [z39] Eles encontraram um mote no qual eles podem depositar todas as suas sandices, todas as suas anarquias, narrativas e mentiras; que, na verdade, é o ponto, é o pilar de todo esse comportamento - sabe? -, dessa aranha ideológica que colocou as patas no país e que hoje comanda o país a ferro e fogo, do seu jeito e da sua maneira. A culpa sempre está na conta, as queimadas da Amazônia, a incompetência da Sra. Marina Silva e deste desgoverno está na conta do 8 de janeiro. O problema das contas públicas explodidas de um país que é hoje um país em que o mundo não recomenda para nenhum tipo de investimento, por não ter segurança jurídica; a culpa é do pessoal do dia 8”.

O senador ponderou: “O problema é que o pessoal do dia 8 fez com que o tiro saísse pela culatra. Eles achavam que a imposição do medo, do pânico, cometendo uma sandice, uma mentira, prisões em massa de pessoas inocentes, certamente calaria toda uma nação de mais de 200 milhões de brasileiros, onde mais de 93% são cristãos, independentemente de onde confessem a sua fé, que nos parariam. Não nos pararam, aqui estamos nós, a despeito de tudo, há um propósito de Deus no fato de nós estarmos juntos aqui e certamente continuaremos e nós haveremos de ver o momento em que essa máscara, definitivamente, irá para o chão e aqueles que devem vão pagar e vão pagar mesmo. Não adianta se esconder. Não tem toga preta para se esconder na hora de pagar a conta. A conta vai chegar, a conta vai chegar, a conta vai chegar...A conta vai chegar para os omissos, aqueles que são detentores de mandato, aqueles a quem o povo deu mandato, mas que se escondem. Eles se escondem para proteger com medo ou para bater palma para essa gente que, de uma certa forma, juridicamente, os beneficia pelos crimes que cometem na vida pública. Eles se escondem, eles batem palma para eles, fazem coro e dizem amém a tudo que eles dizem e praticam contra este país, mas certamente -essa é a palavra -, o momento chegará”.

O senador afirmou: “iremos contar a retumbante vitória diante de um quadro insano em que pessoas morreram, em que pessoas foram massacradas, humilhadas, famílias destruídas, empresas destruídas, vidas destruídas, que ninguém vai recompor, mas a história dirá quem foram aqueles que pagaram um preço para que este país não fosse de fato escravo”.

As prisões políticas após o dia 8 de janeiro são alguns dos mais recentes sinais de que, no Brasil, os cidadãos não vivem em uma democracia. Para um grupo de pessoas e empresas, a tirania ganha contornos de implacável perseguição política e ideológica, e esse grupo “marcado” vem sendo perseguido, há muito tempo, com medidas arbitrárias, como prisões políticas, buscas e apreensões, censura, bloqueio de redes sociais e confiscos. 

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