sábado, 2 de novembro de 2024

Senador Cleitinho demonstra seletividade em decisões absurdas do STF e manifesta apoio a Bolsonaro: ‘injustiçado durante quatro anos’


O senador Cleitinho mostrou, em vídeo divulgado pelas redes sociais, que as decisões do Supremo Tribunal Federal variam conforme o posicionamento ideológico de seus alvos. O senador mostrou um áudio da fala do ministro Gilmar Mendes, durante sessão de julgamento do Supremo Tribunal Federal, em que o ministro atacava o então recém-chegado ministro Luís Roberto Barroso, acusando-o de ter soltado Zé Dirceu. O senador disse: “vou mostrar para vocês que são dois pesos e duas medidas”. 

Cleitinho citou o que Barroso disse na ocasião, ao justificar ter tirado Dirceu da cadeia, reconhecendo a anistia decretada pela então presidente Dilma: “ninguém é melhor do que ninguém, e eu apliquei a lei que vale para todo mundo”. 

O senador comparou: “Agora vamos ver como é que é com Bolsonaro? Olha isso aqui: ‘Bolsonaro decreta o perdão da pena a Daniel Silveira, condenado pelo STF’. Vamos ver como é que o STF fez agora? Olha aqui: “STF cancela perdão da pena que Bolsonaro deu a ex-deputado federal Daniel Silveira’”. Cleitinho perguntou: “Não parece ser dois pesos e duas medidas?”.

O senador Cleitinho disse: “Agora o que me chama atenção é: esse perdão de pena que o Bolsonaro, na época, deu pro Daniel Silveira, foi de crime de opinião. Agora esse perdão de pena que a Dilma deu pro José Dirceu foi crime de corrupção”. Ele prosseguiu: “é bem nítido que na época do Bolsonaro o tratamento era de um jeito. O tratamento agora, com Lula, é de outro jeito que o STF faz”.

O senador lembrou que Bolsonaro, em entrevista, afirmou que pretende ser candidato em 2026, e manifestou seu apoio: “você foi injustiçado durante esses quatro anos”. 

O senador Cleitinho havia mostrado o áudio da conversa entre os ministros Gilmar Mendes e Barroso na tribuna do Senado, quando comparou com a decisão do próprio Gilmar Mendes, anos depois, de anular os processos contra Dirceu na Lava Jato. O senador, então, mostrou a diferença de tratamento entre Zé Dirceu e os presos políticos do ministro Alexandre de Moraes. 

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