domingo, 8 de dezembro de 2024

Deputado Marcon é censurado em pleno Congresso Nacional após desmoralizar Rodrigo Pacheco, critica diretor da PF e reage: ‘Essa Casa perdeu completamente o respeito’


O deputado Maurício Marcon, durante o lançamento da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão, explicou como a censura aos conservadores já está amplamente disseminada e se dá abertamente, sem qualquer tentativa de disfarce. Ele iniciou lembrando: “Hoje eu fui censurado no meu discurso do plenário. Chamei Rodrigo Pacheco de ‘bananão’ e o presidente me disse ‘vou tirar das notas taquigráficas, porque eu achei que não tá legal’. Mas a gente já viu o que está acontecendo. Enquanto o lado de lá, da esquerda, chamam o Bolsonaro de gen**, nos chamam de assa** de tudo isso, tudo pode, tudo se mantém dentro das notas taquigráficas e nós não podemos fazer mais nada. São pequenos sinais que a gente vai vendo”.

O deputado prosseguiu: “essa censura é feita de vários modelos. Ela vai desde tirar uma palavra que tu coloca na nota taquigráfica até invadir a casa do líder da oposição”. Marcon relembrou que parlamentares da oposição ao governo Lula vêm sofrendo todo tipo de perseguição e disse: “o Estado brasileiro hoje usa a sua força para perseguir quem ele vê como inimigo e vende isso como defesa da democracia.  É isso que a gente está vivendo”. 

Maurício Marcon apontou que, havendo um diagnóstico, agora é necessário que haja soluções. Ele disse: “todo mundo já tem o diagnóstico: que nós vivemos num Estado totalitário e de tirania”. O deputado apontou dois caminhos possíveis para uma solução, seja pelas eleições, em 2026, seja com ajuda do exterior. Ele apontou: “parece que o Parlamento não tem mais força”. Marcon lembrou que o diretor-geral da polícia federal desrespeitou abertamente o presidente da Câmara, sem qualquer consequência, e disse: “Essa Casa perdeu completamente o respeito”.

O deputado explicou que o outro caminho envolve eleger bons senadores em 2026. Ele disse: “que a gente possa eleger senadores comprometidos com o país, comprometidos com a República, com a Constituição, com as nossas leis. A lei é o que nos difere da barbárie. Então, quando a gente tem apenas 35 parlamentares lá no Senado dispostos a investigar os abusos visíveis dos ministros do Supremo…”

Marcon disse: “Eu não sou advogado, posso estar falando bobagem, mas não consigo entender que alguém seja juiz, vítima e acusador. Não faz sentido. É uma anomalia. Isso é no Supremo, onde tu é julgado e tu não tem nem como tu recorrer. Então é assim:  ou o Trump nos ajuda, ou os céus nos ajudam, ou o Senado nos ajuda em 2027, se não nós... Muitos diziam que a Venezuela estava muito longe. Em 2019, a Suprema Corte da Venezuela decidiu que a Câmara não poderia mais legislar. Ela usurpou os poderes. É a mesma coisa que os ministros do Supremo, aqui do outro lado da Praça dos Três Poderes, estão fazendo neste momento, pois com um argumento que não está na Constituição, eles entenderam que, por nós não legislarmos, eles têm o direito de legislar. Talvez, nós poderíamos que quando eles não julgam os bandidos, a gente pode condenar eles aqui na Casa também, já que a ideia deles é essa, ‘se eles não fazem, a gente faz’”. 

Há mais de cinco anos, o ministro Alexandre de Moraes conduz, em segredo de justiça, inquéritos políticos direcionados a seus adversários políticos. Em uma espécie de “parceria” com a velha imprensa, “matérias”, “reportagens” e “relatórios” são admitidos como provas, sem questionamento, substituindo a ação do Ministério Público e substituindo os próprios fatos, e servem como base para medidas abusivas, que incluem prisões políticas, buscas e apreensões, bloqueio de contas, censura de veículos de imprensa, censura de cidadãos e parlamentares, bloqueio de redes sociais, prisões em massa, confiscos, entre muitas outras medidas cautelares inventadas pelo ministro. Há mais de cinco anos, o Senado brasileiro assiste a tudo isso e se omite. 

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