Deputado Marcon explica impacto de ‘ameaça velada’ de Trump ao Brasil: ‘o Lula, no seu ego infinito, acha que o Brasil pode enfrentar a maior economia do mundo’

Durante pronunciamento ao vivo, o deputado Maurício Marcon expôs os prováveis efeitos das declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que alertou os países do Brics que imporá pesadíssimas tarifas caso avancem com as negociações para criar uma moeda do bloco. O deputado disse: “ontem, Donald Trump fez uma ameaça velada ao Brasil”. Marcon lembrou que foi Lula quem propôs uma moeda para o Brics, e que o próprio chanceler russo fez questão de mencionar isso. 

O deputado relatou: “Trump fez uma postagem afirmando que eles não são otários e que os Estados Unidos não aceitarão mais quem sequer comente sobre fazer uma moeda que rivalize com o dólar nos BRICS. Ou seja, é um claro sinal para Luiz Inácio Lula da Silva. Qual seria a punição? A punição seria uma tarifa de 100% para os produtos brasileiros que entrassem nos Estados Unidos. Obviamente, isso teria retaliação brasileira caso acontecesse. A diplomacia tem essa prerrogativa de retaliar da mesma forma que foi atacado”.

Maurício Marcon explicou que a proposta de Trump, caso seja efetivada, representa uma sanção ao Estado brasileiro. Ele disse: “Muita gente já tem falado, há algum tempo, sobre sanções, e a gente já deu exemplos de sanções que o Brasil pode sofrer,  primeiro no CPF -  caso clássico dos ministros da Suprema Corte que devem perder o seu visto americano - e, no segundo caso, no CNPJ das empresas que eventualmente fazem negócios com os Estados Unidos. E o terceiro é no país mesmo, que seria esse caso específico de ameaça. O que acontece aqui? Para vocês terem uma ideia, esse tipo de ameaça, ele é sério. Por quê? Porque ele envolve muito dinheiro, muito dinheiro. Aí sai dessa nossa bolha aqui de meros mortais e entra nos grandes players do mercado. A gente está falando de exportadores, a gente está falando de importadores, a gente está falando de toda a cadeia de empresas que exporta e importa dos Estados Unidos. E isso já é mais um plus ao que vem acontecendo no Brasil e irritando quem produz no nosso país, além do desajuste fiscal que a gente está vivendo”.

O deputado disse: “O Donald Trump nem assumiu a presidência dos Estados Unidos e já fez uma ameaça velada à ideia de Lula de querer criar uma moeda. Não se esqueçam que, duas semanas atrás, XI Jinping, o líder do país comunista da China, esteve no Brasil e o BNDES fez um empréstimo, recebeu empréstimos em yuans, que é a moeda chinesa, ou seja, um claro desafio aos Estados Unidos”.

Marcon afirmou: “o Lula, na sua total insignificância, mas no seu ego infinito, acha que o Brasil pode enfrentar a maior economia do mundo. O que não pode. A gente não pode enfrentar a maior economia do mundo e nós teríamos sérios problemas se isso acontecesse. As pessoas às vezes acham que é uma questão de imposição, como se os Estados Unidos tivessem imposto ao mundo que as negociações seriam feitas em dólar. E não é assim. É devido à confiança da moeda”. 

O deputado explicou: “então, quando o Lula fala para os BRICS, que aí envolve China, Rússia, Irã, que tem que criar uma nova moeda, ele está indiretamente desafiando os Estados Unidos e nós aqui na república das bananas administrada pelo Lula, a gente tem, então essa imposição”.

Marcon apontou: “uns dez dias atrás, o Trump falou que se Canadá e, principalmente, México não resolvessem o problema da imigração ilegal nas suas fronteiras, ele iria colocar uma tributação de 25% sobre os produtos e a própria presidente eleita lá, uma esquerdista, já disse que não vai mais ter imigração, já cortou. O líder do Canadá também quis conversar dizendo que vai resolver o B.O.  Ou seja, o Trump vem com a faca nos dentes”. O deputado lembrou: “ele ainda nem assumiu (...)  mas é um excepcional indicativo de como o Donald Trump vai tratar esses absurdos que o Lula vem fazendo”.

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