Em pronunciamento ao vivo pelas redes sociais, o deputado Maurício Marcon explicou as perspectivas para a economia no próximo ano, bem como as consequências das mudanças legislativas propostas pelo governo Lula, mostrando que o pacote proposto não impedirá a rápida degradação da economia que se espera.
O deputado iniciou explicando que a alta do dólar já era esperada e não está sendo combatida adequadamente. Ele desenhou: “o dólar sobe, não porque tem memes, como a Daniela Lima, lá na GloboNews falou, ou alguns petistas, inclusive o Paulo Pimenta”. Ele explicou: “O dólar a 7 reais já não é algo descartado pelo mercado, porque a gente sabe que o governo continua gastando muito e gastando mal”.
Maurício Marcon explicou que a alta desenfreada do dólar tem impacto sobre a taxa de juros, que já estão aumentando porque o mercado prevê a deterioração da economia. O deputado explicou o funcionamento dos títulos públicos e mostrou que o índice atual já é superior ao da crise do governo Dilma, dizendo: “ou seja, nós já estamos em um momento, o mercado já enxerga que nós estamos em um momento pior do que o da Dilma”.
O deputado explicou que os juros altos, combinados com a inflação, levam ao desaquecimento da economia, e que os juros estão aumentando no Brasil em um momento em que a população já está endividada. Ele afirmou: “isso vai provocar um desaquecimento da economia e aí, isso vai provocar a mesma coisa que foi em 2014, 2015, na época da Dilma”.
Marcon expôs que o mercado já prevê o desaquecimento da economia devido à sinalização dada pelo governo Lula de que não pretende cortar gastos. Ele explicou que os cortes propostos são insuficientes e que o governo continua gastando muito mais do que arrecada.
O deputado afirmou: “a situação para os próximos meses, se vocês pegarem as minhas lives lá de um ano atrás, vocês vão ver que eu dizia que isso ia acontecer (...) não precisa ser um gênio para saber que isso ia acontecer. O Banco Central vai ter que aumentar a Selic ainda mais para tentar segurar dólares no Brasil”. Ele explicou que não será possível cortar juros “na canetada”, porque nesse caso haveria duas soluções: um calote ou a impressão de moeda, que gera inflação.
Marcon comparou com o que está sendo feito na Argentina por Javier Milei e disse: “existe uma fórmula pra gente enriquecer como país, como sociedade. E nós, neste momento, com o Lula na presidência, estamos fazendo absolutamente o contrário do que seria a fórmula normal que qualquer economista minimamente sábio faria. Então, a situação que a gente vai ver no próximo ano é uma situação de deterioração mais acelerada, porque já não se tem mais a confiança, principalmente no Haddad”. Ele explicou: “o mercado vê longe. Então ele já está precificando uma crise que já está contratada economicamente”.
O deputado afirmou: “nós teremos, ao longo de 2025, 2026, muito provavelmente, uma crise que deixará saudades da crise de 2014-2015, porque ela deve ser muito mais violenta: as famílias estão mais endividadas, o governo está mais endividado, o dólar está mais alto. Então, a nossa perspectiva é de uma piora muito acentuada. Nós avisamos isso lá na campanha de 2022. Todo mundo sabia que o governo ia fazer isso”.
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