O veículo da velha imprensa O Estado de São Paulo publicou um editorial comentando mais uma das incontáveis prorrogações do inquérito do fim do mundo, que serve como base de todos os inquéritos políticos conduzidos no Supremo Tribunal Federal para investigar e perseguir opositores do regime, em especial, mas não exclusivamente, sob o comando do ministro Alexandre de Moraes.
Ao divulgar o editorial nas redes sociais, o perfil do jornal disse: “EDITORIAL: ‘O incrível inquérito dos dois mil dias’ – É evidente que em um inquérito tão aberto como esse tudo haverá de caber, a depender da disposição e da criatividade de quem o conduz”. No editorial, o jornal critica a duração do inquérito interminável e pede seu encerramento, não sem antes reiterar sua vassalagem, admitindo que o inquérito tem importância na defesa do que o Estadão chama de “jornalismo profissional”. O texto afirma: “Este jornal foi um dos primeiros a reconhecer, no momento apropriado, que o inquérito das fake news, considerado plenamente constitucional pelo plenário do STF, cumpriu um valoroso papel na defesa da instituição e do jornalismo profissional”.
O editorial do antigo jornal recebeu inúmeras críticas de cidadãos, que lembraram aos profissionais que o povo viu e está vendo o papel a que se prestou a velha imprensa ao apoiar a instauração de uma ditadura através de ações ilegais e inconstitucionais, com a violação de direitos de milhares de pessoas.
O senador Rogério Marinho disse: “A grande imprensa, nos últimos meses, tem criticado o estado de exceção que se estabeleceu no Brasil, os ataques à liberdade de expressão e a relativização dos direitos individuais em inquéritos intermináveis e secretos. Esses fatos permitiram a criação da figura do juiz universal, que tudo pode, e fragilizaram o estado de direito. Perfeito, mas esquecem que foram coniventes e cúmplices. Na época, valia atacar a democracia em defesa da democracia, e todos os excessos estavam justificados. Agora, o diabo saiu da garrafa, e vai ser complicado colocá-lo de volta”.
O senador também comentou “matéria” do grupo Globo com uma narrativa de “desinformação no X”, dizendo: “Jornalistas da grande imprensa continuam campanha contra a liberdade de opinião. Produzem desinformação e noticias enviesadas de viés ideológicos, justificam arbítrio, censura prévia e a perseguição de adversários. “Síndrome de Estocolmo“, tudo em nome da tal democracia relativa”.
Centenas de cidadãos também responderam ao editorial do O Estado de São Paulo. O perfil The Incorrupt lembrou ao Estadão: “A matéria do José Fucs pelo Estadão deu origem a essa balbúrdia toda, só pra lembrar!”
A cidadã Joana Lima apontou: “Ele teve o apoio de quase toda a imprensa do país, inclusive do Estadão”.
O internauta Márcio Gusmão afirmou: “Rs... talvez eles tenham que fazer, como fez a lava jato com Lula, atropelando processos, combinado resultados, atendo a "demanda" de imprensa fuleira como o Estadão, pra depois soltar e dizer que foi tudo um erro. Uma imprensa séria e de qualidade, deveria se preocupar com a lisura do processo e robustez das provas e não com lacrações sensacionalistas, transformando o jornalismo num vale tudo imoral.# TomaVergonhaEstadão”
O cidadão Wendel Sodré perguntou: “E agora vocês estão surpresos??? O Estadão ajudou a construir o atual cenário”.
A internauta Viviane disse: “Estão usando todas as táticas que os militares usaram na ditadura militar. Eles também faziam isso. Era a forma de perseguir opositores. Entre outras atitudes iguais e parecidas de 64, é uma amostra da volta da ditadura no país. Como aquela, apoiada pela mídia”.
A cidadã Gabis perguntou: “O que melhor define o Estadão: bipolaridade ou insensatez?”
A internauta Ana Lelis ironizou: “O Estadão ajudou isso acontecer e agora viu a m*** que deu estão tentando tirar o corpinho fora”.
O cidadão Eugenio Eurico apontou: “Um detalhe importante: esses inquéritos ilegais e inconstitucionais existem desde muito antes do 08/01/23, eles existem desde 2019. Então não há justificativa. Eles são muito mais CAUSA da revolta da população do que consequência. Xandão que causou o 08/01/23”
A cidadã Juliana se exaltou: “Alimentaram esse monstro e agora vem com essa conversa mole! Tomem vergonha”.
O perfil Tolstoy perguntou: “Onde vcs estavam desde q ele foi instaurado, qdo muitos já acusavam esse método de clara perseguição contra os opositores do governo? Por que só agora?”
O perfil Pitanga ironizou: “Não cabe numa “democracia“? Que democracia? Estadão , não somos mais democracia. Esse inquérito é a prova. Os presos do 8 de janeiro, outra prova !
A perseguição de outro espectro político, e o ferrenho cerco às pessoas próximas do ex-presidente, outra. A censura, a intervenção noutros poderes , a resistência ao voto impresso, etc”.
O perfil Thor Lucas lembrou: “O Estadão sempre foi cúmplice. Esse inquérito só existe pq a mídia permitiu, aplaudiu, mas agora a coisa tomou um tamanho que já incomoda a todos”.
O perfil Brasil disse: “Só não entendo por que demoraram tanto pra isso. Agora viram o perigo dessa aberração. Vocês são podres não merecem o respeito de ninguém!”.
O cidadão Jose Luis Valle afirmou: “O Estadão colaborou com isto”.
O internauta Julio Diniz ironizou: “Parabéns consórcio, estão felizes????”
O perfil The Nile perguntou: “Jura?? Onde estavam vocês quando o inquérito silenciava as pessoas que vocês desprezavam?”
O perfil Analista afirmou: “Bom, faltou só concluir que inquérito eterno aberto de ofício com prisão cautelar era exatamente o mesmo artifício usado na ditadura militar para prender opositores, mas não, daqui a pouco sai uma agradecendo pela "defesa da democracia"... 🤦♂️ Até o argumento é o mesmo de 64…”
O cidadão Luciano Correia disse: “Aberrações jurídicas desde 2019”.
O internauta Flavio perguntou: “Cansaram de passar pano?”
O perfil “#BrasilConsciente | Censura Não!” disse: “A fama de salvador da pátria só permanece entre os petistas — que aliás já meteram muito o pau nele no passado — e os próprios ministros do STF que veem em Moraes o protagonismo que há muito tempo perderam. A resposta da população está nos índices de (im)popularidade da Corte. Justiça seja feita — pra não sair do tema —... hoje temos também a pior representação do executivo e do parlamento da história do país. Somos ridicularizados pelos países mais democráticos do mundo, não só por isso, mas também pela diplomacia chinfrim que o Brasil adotou”.
O cidadão Marcio resumiu: “Inquérito absurdo e completamente ilegal, feito somente para perseguir opositores do regime”.
O internauta Odorico Carvalho disse: “Um jornal onde qualquer um escreve o que quer, há sempre de caber análises criativas, críticas tortas, opiniões ideológicas sem base na realidade. E terá sempre um lado, que nunca será o do povo”.
A cidadã Roberta Anselmo lembrou: “O Estadão ajudou ao crescimento desse monstro!”
O perfil Cacau Cunha disse: “Esse inquérito serve para nos lembrar: viramos a Brazuela”.
O advogado André Marsiglia apontou: “O editorial critica o inquérito, mas ele não é causa, mas instrumento do autoritarismo da Corte para gerenciar o Brasil. A crítica vesga, em algum momento, facultará à Corte encerrar o inquérito, calar os críticos da imprensa, e seguir seu descaminho autoritário por outra via”. Marsiglia acrescentou: “Editoriais seguem justificando o inquérito, criticam apenas não haver mais contexto para ele. Com isso, a ilegalidade do inquérito fica em 2º plano e se discute apenas se o contexto atual ainda o exige. Se a Constituição não for suficiente para conter crise, não serve para nada”
O diretor do Instituto Liberal, João Luiz Mauad, respondeu: “Exatamente!! E digo mais: pedir autocontenção a um STF prenhe de poderes exorbitantes é como pedir a um bebê que não se lambuze ao comer sorvete. Simplesmente, não haverá autocontenção. Ou o congresso atua com firmeza para sanar os sérios problemas institucionais que nos trouxeram até este estado de coisas deplorável, ou o STF continuará oprimindo o país com sua sanha autoritária travestida de “defesa da democracia”…”
Em outro editorial, o Estadão aponta como integrantes e aliados do governo Lula espalham e amplificam desinformação, como a grotesca narrativa de que a alta do dólar teria origem em um perfil de sátira do X. No anúncio do editorial, o jornal aponta: “‘O gabinete petista da desinformação’ – Os atuais inquilinos do Palácio do Planalto contaminam o debate público com bobagens paranoicas que desviam a atenção do País do que realmente importa”.
O diretor do Instituto Liberal, João Luiz Mauad, rebateu: “Noutros tempos, isto seria chamado de gabinete do ódio e investigado pelo STF no famigerado inquérito das fake news, com direito a busca e apreensão e tudo mais…”
Mauad destacou um artigo, também da velha imprensa, intitulado “Não é papel da imprensa criar narrativas - Culpar ataque especulativo ou memes pela alta do dólar é fábula em defesa do governo e acinte à checagem jornalística”. O administrador disse: “Se o jornalismo tupiniquim tivesse mais Lygia Maria e menos Daniela Lima, o país estaria bem melhor”.
O escritor Flávio Gordon apontou a ausência de autocrítica da velha imprensa, dizendo: “O editorial do Estadão denuncia corretamente a campanha coordenada de desinformação orquestrada pelo regime para atribuir a alta do dólar a um pretenso “ataque especulativo”. O jornal só esqueceu de apontar um dos integrantes mais ativos da ofensiva governista: a GloboNews, sobretudo por intermédio das radicais militantes petistas Daniela Lima e Natuza Nery. Penso que o jornal deveria dizer isso claramente ao público, que a GloboNews, apesar de ainda se apresentar como um canal de jornalismo, agora não passa de um aparelho político do lulopetismo”.
O ex-ministro Marcelo Queiroga destacou trecho em que o Estadão admite que os “blogs sujos” do PT são muito antigos e sempre tiveram um trabalho de excelência na divulgação de desinformação, e disse: “Para o Estadão, o suposto “gabinete do ódio” é fichinha diante da usina de desinformação promovida pelo gabinete petista da desinformação. Pelo visto o “amor” venceu o ódio!”
O internauta Valter Ribeiro respondeu: “Esse panfleto ordinário, que ajudou a chocar o ovo da serpente, agora fingindo surpresa devido interesse, pra criticar, pois ajudou a colocar um governo corrupto e ditatorial, faz comparações com os tempos de Bolsonaro onde as tias(os) do zap como eu, éramos gabinetes do ódio”.
Em editorial anterior sobre a ausência de limites na atuação do Supremo Tribunal Federal, o Estadão havia recebido críticas nos mesmos parâmetros. O escritor Flávio Gordon respondeu à frase “O Supremo desconhece limites”, dizendo: “O Supremo só desconhece limites porque as instituições brasileiras - incluindo este jornal Estadão - não ofereceram resistência aos recorrentes abusos da corte, antes pelo contrário: atacaram os poucos que tentaram reagir”.
O cidadão José de Maria concordou: “Exatamente. Foi o Estadao lixo que começou com a mentira de gabinete do ódio”.
A cidadã Maria Donadon confirmou: “Faz tempo que o STF passa dos limites, mas esse jornal não se incomoda com as transgressões. Esse editorial é uma ilha”.
O diretor do Instituto Liberal, João Luiz Mauad, ironizou: “O editorialista de hoje foi o Dr. Jeckill. É uma pena que amanhã ou depois venha o Mr. Hyde passar pano para os abusos e absurdos supremos. O Estadão ajudou a criar e alimentar este autêntico Frankenstein de toga em que se transformou o STF. Agora, o criador parece estar com medo da criatura…”
Muitos jornalistas e veículos conservadores vêm sendo implacavelmente perseguidos, como é o caso da Folha Política. Nossa sede foi invadida e todos os nossos equipamentos foram apreendidos, a mando do ministro Alexandre de Moraes. À época, o jornalista Alexandre Garcia assinalou que algo semelhante só havia ocorrido na ditadura Vargas, não havendo qualquer exemplo semelhante durante o tão falado regime militar. Mesmo em ditaduras consolidadas, não é comum que se apreendam todos os equipamentos, em claríssima violação a tratados internacionais como o Pacto de São José da Costa Rica.
Posteriormente, a Folha Política foi alvo do ministro Luís Felipe Salomão, que ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, para impedi-los de exercer suas atividades. Mais de 20 meses da renda dos veículos e comunicadores afetados seguem confiscados, enquanto o inquérito vai sendo transmitido de relator em relator.
Outros jornalistas e comunicadores foram presos sob alegações como a de sair do país sem saber que estavam sendo investigados. Um deles perdeu o movimento das pernas em um estranho acidente na cadeia, enquanto estava preso por crime de opinião. Ao conseguir refúgio em outro país, viu sua família ter suas contas bloqueadas para que não pudessem receber doações de pessoas que se sensibilizam com a situação de seus filhos. Vários pedem há anos que apenas devolvam seus equipamentos eletrônicos, inclusive com as memórias de entes queridos e da própria família. Outros buscaram refúgio em outros países e são considerados “foragidos” e são alvo de campanhas de difamação pela velha imprensa.
As medidas arbitrárias impostas aos jornalistas e comunicadores conservadores, por suas características processuais, violam diversos artigos da Constituição e também de tratados como a Declaração Universal de Direitos Humanos e o Pacto de São José da Costa Rica, que protegem a liberdade de expressão e vedam tribunais de exceção.
Os exemplos são muitos e a perseguição não cessa. Casas invadidas, redes bloqueadas, censura, bloqueio de contas, confisco de bens, cancelamento de passaporte, proibição de contato, entre outras. Nos inquéritos políticos conduzidos em cortes superiores, basta que parlamentares de extrema-esquerda apresentem “relatórios” ou “reportagens” produzidos por pessoas suspeitas e interessadas, acompanhados de listas de pessoas a serem perseguidas, para que essas pessoas sejam privadas de direitos fundamentais.
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