O ministro de Lula, Paulo Pimenta, divulgou um vídeo, pelas redes sociais, em que afirma não ter dúvida de que o ex-presidente Jair Bolsonaro será preso, sugerindo que isso ocorrerá em setembro. O deputado Tenente-Coronel Zucco respondeu, apontando que a declaração do ministro é “uma atitude lamentável, que demonstra claramente o modus operandi dessa turma, que se diz do amor mas alimenta o ódio sempre que pode (...) tudo isso não passa de cortina de fumaça para esconder um governo fraco e sem planejamento”.
O deputado afirmou: “A fala do ministro Paulo Pimenta vai muito além do puro exercício do futurismo. Também não me parece que ele tenha algum dom premonitório. Talvez ele tenha deixado escapar alguma informação privilegiada, aí sim algo bastante preocupante em se tratando de um agente público. Para além disso tudo, é uma manifestação medíocre de alguém que integra o primeiro escalão de um governo que está simplesmente destruindo e afundando o Brasil. Para estes, um dia a Justiça há de chegar”.
Outros cidadãos também comentaram a postagem do ministro Paulo Pimenta. O vereador Guilherme Kilter disse: “Paulo Pimenta fez uma “previsão” de que Bolsonaro será preso em setembro de 2025. Mas a verdadeira previsão que deve ser feita é: em que mês ele será demitido para a Janja ocupar seu cargo?”.
O deputado estadual Delegado Zucco questionou: “Não parece estranho que o ministro de Lula, Paulo Pimenta, pareça ter acesso a informações privilegiadas? Enquanto o RS precisa esforços para sua reconstrução, um temor da esquerda de uma possível candidatura de Bolsonaro em 2026. Estaríamos diante de um plano perverso?”.
O vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, também fez uma ‘previsão’: “Vida de Paulo Pimenta terá uma reviravolta até antes de julho de 2025”.
Na conjuntura jurídica atual do Brasil, muitas pessoas estão sendo tratadas como sub-cidadãos e sub-humanos, sendo perseguidas implacavelmente por medidas judiciais invasivas e arbitrárias, sem direito razoável ao contraditório e à ampla defesa, pelo simples motivo de terem manifestado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por expressarem suas opiniões, são alvo de CPIs, de inquéritos secretos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, ou são vítimas de medidas arbitrárias como prisões políticas, apreensão de bens, exposição indevida de dados, entre outras.
O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a advertir, em um pronunciamento, para uma manifestação da subprocuradora Lindôra Araújo, da PGR - Procuradoria-Geral da República - que denunciou o uso da técnica da “fishing expedition” por parte do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A técnica é comum nos inquéritos conduzidos por Moraes contra adversários políticos, jornais independentes e cidadãos que se expressam de maneira crítica contra a conduta de ministros da Suprema Corte. Neste modus operandi, o investigador promove uma devassa em pessoas escolhidas por ele para procurar algum indício ou algum motivo para acusação, em contrariedade ao preconizado pelo Direito, que deveria investigar fatos.
Em inquéritos conduzidos em cortes superiores, observa-se um procedimento característico: matérias da velha imprensa atribuem um “rótulo” ou “marca” a um grupo de pessoas, e isso é tido como suficiente para quebras de sigilos, interrogatórios, buscas e apreensões, prisões e confiscos. As “matérias” e depoimentos de pessoas suspeitas são aceitas sem questionamento e servem de base para medidas cautelares contra as pessoas “marcadas”. Após promover uma devassa nas pessoas e empresas, no que é conhecido como “fishing expedition”, os dados são vazados para a velha imprensa, que então promove um assassi* de reputações que dá causa a novas medidas abusivas. Conforme vários senadores já notaram, os procedimentos são, comumente, dirigidos aos veículos de imprensa independentes, em evidente tentativa de eliminar a concorrência, controlar a informação e manipular a população brasileira. Os inquéritos são mantidos abertos por tempo indeterminado para continuarem a produzir seus efeitos devastadores sobre as vidas dos investigados, que não têm meios para questionar as decisões.
Em um inquérito administrativo no Tribunal Superior Eleitoral, seguindo esse tipo de procedimento, o ministro Luís Felipe Salomão ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, inclusive a Folha Política. A decisão recebeu elogios dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin, e o inquérito passa de corregedor em corregedor, enquanto a renda do trabalho de famílias e empresas permanece confiscada sem base legal. Após o ministro Luís Felipe Salomão, já foram relatores do inquérito os ministros Mauro Campbell Marques, Benedito Gonçalves e Raul Araújo. A atual relatora é a ministra Isabel Gallotti.
A decisão não discrimina os conteúdos e atinge a totalidade da renda dos sites, com o objetivo de levar ao fechamento dos veículos por impossibilidade de gerar renda. Todos os nossos rendimentos de mais de 20 meses de trabalho são retidos sem base legal. Se você apoia o trabalho da Folha Política e pode ajudar, doe qualquer valor através do Pix, utilizando o QR Code que está visível na tela ou o código ajude@folhapolitica.org. Caso não utilize PIX, há a opção de transferência bancária para a conta da empresa Raposo Fernandes disponível na descrição deste vídeo e no comentário fixado no topo.
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