segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Bia Kicis se revolta com perseguição política e ‘teatrinho’ do 8 de janeiro: ‘me entristece, me envergonha ver as Forças Armadas participando disso’


Em pronunciamento ao vivo, a deputada federal Bia Kicis falou sobre o aumento no número de prisões de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, na perseguição política que se tornou completamente explícita. 

A deputada ironizou as cerimônias que serão feitas pela coalizão PT-STF e lamentou a participação das Forças Armadas. Bia Kicis disse: “a gente está sabendo que no dia oito, no Palácio do Planalto, vai ter uma palhaçada, vai ter um evento para lembrar o 8 de janeiro, que está fazendo dois anos do ‘ataque à democracia’, da ‘tentativa de golpe’, essa grande palhaçada que vai acontecer. Todo mundo sabe que não tem golpe nenhum. Aliás, teve golpe, mas não foi do lado do Bolsonaro, não foi do lado da direita quem deu o golpe e quem se beneficiou de toda essa palhaçada, essa fantasia que eles criaram. O que houve foi sim, baderna, invasão de prédios públicos, a depredação de prédios públicos, coisa que não passa de três, quatro anos, talvez, de xilindró e pagamento de alguma multa por quem fez; o que, aliás, nunca foi aplicado à esquerda, que cansou de fazer baderna”.

Bia Kicis lembrou que as pessoas que estão sendo presas e condenadas não são as pessoas que promoveram o quebra-quebra, e que pessoas abertamente envolvidas nos fatos, como os então ministros de Lula Flávio Dino e G. Dias, não são sequer investigadas. A deputada relembrou: “não apareceu imagem nenhuma do Ministério da Justiça. Sumiu. Aí tem vídeo do Dino falando que ele estava lá assistindo da janela, aliás, acompanhado de uns e outros. Aí depois ele fala que não estava lá. Teve o Lula que se mandou no dia. Tem o G. Dias, que não responde a nada. Ou seja: o golpe foi dado. A gente sabe que não foi pelo Bolsonaro, não foi pelos apoiadores do Bolsonaro. Os apoiadores de Bolsonaro, alguns depredaram, fizeram coisas que não deviam, mas golpe não”

A deputada prosseguiu: “e no dia oito eles vão fazer essa palhaçada, esse teatrinho ridículo, inclusive com a presença dos três comandantes das Forças Armadas (...) Vão estar lá os comandantes prestando continência, participando da farsa. Isso me entristece, me envergonha ver as Forças Armadas participando disso”.

A deputada mencionou que mesmo pesquisas da velha imprensa demonstram que a imensa maioria da população não acredita na narrativa de ‘tentativa de golpe’, e disse: “mas aí tem aqueles 20% que fica gritando gópi, gópi, gópi, tentando fazer com que uma mentira repetida milhões de vezes se torne verdade, mas não vai se tornar”. Ela mencionou que Trump já garantiu que vai anistiar os presos políticos dos Estados Unidos, e afirmou: “um dia isso vai acontecer aqui no Brasil também”. 

A deputada comparou: “Quem é acusado de golpe são donas de casa, senhoras, idosos, pessoas com Bíblias na mão, que foram filmados pedindo para não quebrar. Esses são os ‘golpistas’. Ao passo que terr*** lá nos anos 60, sequestradores, pessoas muito do mal que mat***, saqueavam, essas pessoas foram anistiadas, muitas delas inclusive, recebendo polpudas indenizações. Essas ficam gritando ‘sem anistia’. São anistiados. São terr*** anistiados, como a Dilma, por exemplo. E pessoas que recebem fortunas, fortunas do Tesouro, pago pelo dinheiro do povo. Essas pessoas cara de pau, nojentas, que ficam aí gritando ‘sem anistia’. São nojentas”.

Mais de 2 mil pessoas foram presas em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com a colaboração do Exército brasileiro, sem o menor respeito a direitos humanos ou ao devido processo legal. Centenas dessas pessoas passaram meses a fio presas, e só foram libertadas com “medidas cautelares” excessivas e arbitrárias, muito piores do que as que são aplicadas a pessoas condenadas por crimes graves. Milhares de famílias continuam sofrendo com as restrições a suas liberdades e seus patrimônios. Um dos presos políticos, Clériston Pereira da Cunha, morreu sob a custódia do Estado, enquanto um pedido de soltura formulado pela Procuradoria-Geral da República ficou meses aguardando que o ministro Alexandre de Moraes se dignasse a analisá-lo. Tudo sob o olhar complacente do Senado Federal. 

Enquanto cidadãos comuns ficam sujeitos a medidas abusivas, autoridades do governo Lula envolvidas nos fatos do dia 8 de janeiro seguem livres, leves e soltas. O general G. Dias, por exemplo, era o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, era responsável pela segurança do palácio do Planalto, e foi filmado no interior do palácio, interagindo com os invasores. Até o momento, o general G. Dias não foi preso, não teve seu passaporte apreendido, nem suas contas bloqueadas, nem seus bens ou sua renda apreendidos. Essas “medidas cautelares” são reservadas a conservadores, que podem sofrer qualquer uma, ou várias, delas sem qualquer indício de crime, sem direito à defesa, nem acesso ao devido processo legal. Quando aplicadas a conservadores, as “medidas cautelares” podem perdurar pelo tempo que desejar o senhor ministro que determina sua aplicação, ainda que as pessoas não tenham foro privilegiado e não estejam, portanto, sujeitas à jurisdição das cortes superiores. 

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como a Folha Política. Toda a receita de mais de 20 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. 

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