domingo, 26 de janeiro de 2025

Senador Cleitinho ironiza espetacularização das algemas e alegada defesa de direitos humanos: ‘onde vocês estavam no 8 de janeiro?’


O senador Cleitinho, pelas redes sociais, ironizou a falsa comoção da velha imprensa e da extrema-esquerda com os brasileiros deportados dos Estados Unidos. O senador mostrou a espetacularização das algemas e disse: “isso foi ontem, a imprensa toda divulgando (...)  A imprensa só não mostrou isso aqui que eu vou mostrar para vocês: ‘Biden enviou 32 aviões com brasileiros deportados e algemados durante o governo do Lula’”. Ele disse: “32 aviões. E a imprensa quer colocar, agora, como se o Trump fosse o malvadão. E um detalhe: esse pessoal do Brasil que chegou ontem, já estavam presos”. 

O senador questionou por que os autoproclamados defensores de direitos humanos não se preocuparam com os voos anteriores nem com os presos do 8 de janeiro. Ele disse: “no dia 8, teve muitos presos políticos que ficaram lá na Polícia Federal. Quem era o presidente? Era o Lula. Cadê os direitos humanos? Vocês foram lá? Muitos que não fizeram nada, e chegaram a ser presos. E vocês estavam onde? Bando de hipócrita fazendo política em cima dessa situação”.

Cleitinho disse: “Eu, como brasileiro, fico triste, sim, por ter empatia pelo próximo. Não quero ver brasileiro dessa forma, algemado, até porque esse aqui não é bandido. Não são criminosos. Mas infelizmente é uma lei que existe nos Estados Unidos, e não vale só para o Brasil, não vale para qualquer país. Qualquer imigrante ilegal que chegar lá vai ser preso e vai ser deportado pra cá novamente. É assim que funciona lá”.

O ex-deputado Douglas Garcia, por seu turno, respondeu à presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e seu marido, que perguntaram o que os bolsonaristas pensariam do tratamento dado aos brasileiros. Douglas Garcia disse: “agora que os deputados se preocupam tanto com direitos humanos, vale a pergunta: quando é que vocês vão se preocupar com os direitos humanos dos presos politicos do dia 8 de janeiro?”. 

A escritora Cláudia Wild apontou: 

“Somente a vigarice política e a máxima cara de pau podem explicar a “preocupação súbita” dos petistas com os brasileiros deportados algemados dos Estados Unidos!

Primeiro, o procedimento é padrão, usado como medida de segurança e ocorre há muito tempo. E, não, não se trata de uma “medida trumpista”. 

Segundo, há anos vários aviões chegam ao Brasil com pessoas deportadas dos USA. Inclusive, o governo Biden deportou mais cidadãos brasileiros do que Obama e Trump.

Terceiro, quem não quiser correr o risco de voltar deportado/algemado para o Brasil, não entre ilegalmente nos Estados Unidos. Nem tampouco cometa crimes lá. 

Quarto, violar a lei migratória nos Estados Unidos constitui crime e passível de sanções. O Brasil não tem que dar pitaco sobre a legislação americana, goste ou não dela. Portanto, o deportado, que entrou ilegalmente nos USA, cometeu crime. Ponto!

Tirar proveito político de uma situação dessa é risível e típico de gente sem-noção. Um bando em que a principal bandeira política é a proteção de criminosos”.

O campeão olímpico de vôlei Felipe Fonteles comentou: “A galera que defende prisão de manifestantes agora é contra deportação de ilegais!”.

Mais de 2 mil pessoas foram presas em massa a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com a colaboração do Exército brasileiro, sem o menor respeito a direitos humanos ou ao devido processo legal. Centenas dessas pessoas passaram meses a fio presas, e só foram libertadas com “medidas cautelares” excessivas e arbitrárias, muito piores do que as que são aplicadas a pessoas condenadas por crimes graves. Milhares de famílias continuam sofrendo com as restrições a suas liberdades e seus patrimônios. Um dos presos políticos, Clériston Pereira da Cunha, morreu sob a custódia do Estado, enquanto um pedido de soltura formulado pela Procuradoria-Geral da República ficou meses aguardando que o ministro Alexandre de Moraes se dignasse a analisá-lo. Tudo sob o olhar complacente do Senado Federal. 

Enquanto cidadãos comuns ficam sujeitos a medidas abusivas, autoridades do governo Lula envolvidas nos fatos do dia 8 de janeiro seguem livres, leves e soltas. O general G. Dias, por exemplo, era o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, era responsável pela segurança do palácio do Planalto, e foi filmado no interior do palácio, interagindo com os invasores. Até o momento, o general G. Dias não foi preso, não teve seu passaporte apreendido, nem suas contas bloqueadas, nem seus bens ou sua renda apreendidos. Essas “medidas cautelares” são reservadas a conservadores, que podem sofrer qualquer uma, ou várias, delas sem qualquer indício de crime, sem direito à defesa, nem acesso ao devido processo legal. Quando aplicadas a conservadores, as “medidas cautelares” podem perdurar pelo tempo que desejar o senhor ministro que determina sua aplicação, ainda que as pessoas não tenham foro privilegiado e não estejam, portanto, sujeitas à jurisdição das cortes superiores. 

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como a Folha Política. Toda a receita de mais de 20 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. 

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