Em pronunciamento ao vivo, o deputado federal Marcel Van Hattem defendeu sua candidatura à presidência da Câmara dos Deputados, cuja eleição será no próximo sábado, dia primeiro de fevereiro. O deputado resumiu: “o motivo para eu ser candidato é porque eu estou na política por princípio. Eu estou na política para defender ideias, para defender posicionamentos, para não me curvar a determinados benefícios, que podem ser temporários, em troca de abrir mão de um futuro melhor. E eu também gostaria de dizer que essa eleição não é sobre ganhar ou perder. Nós estamos aqui para dar o nosso melhor, para chegar no sábado e vencer com o apoio de todos vocês, mas esta minha candidatura é mais sobre ter e sobre dar esperança para o Brasil”.
Van Hattem descreveu: “o cenário é desastroso. Nós temos hoje uma candidatura de extrema-esquerda, do PSOL, e uma candidatura do Centrão, que tem apoio do PT, de um deputado que votou 90% com o governo. Esse é o histórico dele. Que votou pela prisão do Daniel Silveira, por exemplo. E não temos uma candidatura de direita. Ou não tínhamos até eu lançar candidatura. Não temos uma candidatura que represente aquilo que o eleitor decidiu em 2022, até mesmo quando elegeu aquele que seria o maior congresso conservador da história recente do Brasil”.
O deputado apresentou sua pauta, que inclui o impeachment de Lula, a defesa das prerrogativas dos deputados e o combate aos abusos de autoridade, o combate à corrupção, a transparência no tratamento do dinheiro público, e a anistia aos presos e perseguidos políticos do Brasil. O deputado enfatizou a importância da anistia: “eu não consigo aceitar, eu não consigo aceitar que pessoas que estão presas, pessoas que estão exiladas, pessoas que estão em casa com tornozeleira eletrônica, famílias que já choraram mortes, inclusive uma na cadeia, eu não consigo aceitar que essas pessoas sejam utilizadas como instrumento de barganha política”.
Marcel Van Hattem lembrou que a proposta de anistia foi amplamente utilizada como moeda de troca para negociar apoios, com promessas que já se mostraram completamente vazias. Ele lembrou que tanto o PT quanto a oposição dizem ter feito um acordo a esse respeito com o candidato da situação, Hugo Motta, mas que os dois acordos são diametralmente opostos, e Motta não se posiciona publicamente dizendo qual é sua posição. O deputado lembrou: “no ano passado, houve uma série de promessas que o assunto se resolveria ainda até dezembro, mas os mesmos partidos do centro que já poderiam ter resolvido isso tudo, a maior parte deles, fizeram inclusive obstrução lá na CCJ, na comissão, que a oposição tinha, para que o projeto da Anistia não fosse aprovado. E, quando estávamos finalmente, depois de vencida a obstrução, esperado as várias sessões, as famílias continuando a sofrer, seja com as prisões, seja com tornozeleiras, seja com bloqueios de contas, seja com exílio ou com asilos, o presidente da Câmara, Arthur Lira, retirou o projeto da CCJ e mandou para uma comissão especial e foi dito que se votaria ainda no ano passado”.
O deputado alertou: “não adianta a gente votar em alguém que vai ser mais do mesmo, que tem apoio do PT, que tem apoio desse governo”. Van Hattem alertou ainda que o PT está avançando em importantes postos de poder.
O deputado afirmou: “Nós não podemos abandonar as pessoas que acreditam em nós”. Van Hattem lembrou que o ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto foi deputado, se candidatou quatro vezes à presidência da Câmara. Ele disse: “em nenhuma delas foi eleito, mas manteve a sua firmeza de posição e falava as coisas que defendia. Depois, foi candidato a presidente da República sem ninguém imaginar, ou poucos imaginavam isso, que ele pudesse se eleger. Só alguns meses antes da eleição que ficou claro que ele ia para o segundo turno e ia ganhar. Eu também, dizem, não tenho hoje chances de ganhar, mas… faltam uns dias para a gente se mobilizar e, quem sabe, tocar no coração de muitos parlamentares, cujo voto pode ser exercido em segredo, para votar na única candidatura que, de fato, é de direita, e que de fato está trabalhando pelas pautas de direita até hoje”.
Marcel Van Hattem afirmou: “tenho plena convicção de que nós temos condição de vencer essa eleição. Mas eu preciso do apoio de cada um de vocês, como eu tenho visto acontecer. Eu preciso do apoio de cada um para a gente fazer uma campanha bonita, em primeiro lugar. Uma campanha sobre ter esperança, dar esperança, inclusive para as pessoas que estão hoje sofrendo com essa perseguição. Pessoas que, lamentavelmente, foram utilizadas até aqui como instrumento de barganha política. Pessoas que, por estarem presas ou com restrições de liberdade, acabam fazendo com que o resto da nação tenha medo de ir às ruas, e por isso o Lula não quer anistia, e aqueles que o apoiam também não querem, porque sabem que no momento que acontecer isso, as pessoas vão voltar às ruas para exigir que esse governo caia. Da forma como sempre foi feito, de forma pacífica, sem violência. Eles fizeram essa farsa toda do 8 de Janeiro, fazem essa perseguição todos os dias, inclusive eu, indiciado pela Polícia Federal por um discurso que eu dei denunciando um policial federal. Eles fazem tudo isso para calar as pessoas, mas eu não vou me calar, eu vou continuar falando. E é por isso que eu sou candidato à presidência da Câmara dos Deputados”.
Van Hattem conclamou: “Nós não podemos deixar de lutar. A vitória é uma consequência. A derrota pode ser um resultado, mas o que nós não podemos deixar é de lutar. Entregar sem colocar as nossas pautas, sem colocar os nossos princípios na mesa. Nós não podemos transigir na defesa daquilo que nós acreditamos, nem buscar fazer - sinceramente - acordo com aqueles que já demonstraram que não são dignos da nossa confiança”.
O deputado lembrou que, na última eleição, houve um grande acordo e Arthur Lira foi eleito com amplo apoio, mas imediatamente escanteou a oposição. Van Hattem lembrou: “Arthur Lira enterrou o voto impresso. Arthur Lira manteve Daniel Silveira preso. Arthur Lira trabalhou para que não fosse instalada a comissão especial para a volta da prisão após condenação em segunda instância. São todos fatos, são fatos. E também, no projeto de anistia, enviou para uma comissão especial, quando podia ter sido votado e não foi votado no ano passado. E as pessoas continuam sofrendo por causa das injustiças”.
O deputado disse: “não se trata de, no curto prazo, ganhar ou perder, mas é sobre ter a esperança de que esse Brasil tem jeito. E para isso nós precisamos manter a firmeza dos valores e imitar, imitar naquilo que os de lá fazem, infelizmente, de bom, que é manter posição e firmeza até o fim, também do nosso lado”.
Marcel Van Hattem declarou: “Eu quero terminar aqui dizendo que eu tenho um profundo, um profundo respeito por todos os que estão sendo perseguidos politicamente. Eu quero aqui dizer que a anistia, tanto para os presos perseguidos do 8 de Janeiro, como os parlamentares, como Daniel Silveira, como todos os jornalistas, inclusive alguns do exterior, hoje sem passaporte, que não podem voltar para o Brasil, como do próprio ex-presidente Bolsonaro e todos os que foram indiciados num inquérito absurdo: essa anistia, se eu for eleito presidente, sai logo nos primeiros dias, porque nós vamos pautar como primeira prioridade. Porque nós não podemos ver as pessoas sofrendo injustamente e sendo utilizadas como massa de manobra e de barganha política por vários partidos, a começar pelo PT, e a começar por Lula, porque ele sabe que ele depende do sofrimento dessas pessoas. Isso que é o mais cruel. Cruel. Me dá vontade de chorar. Lula sabe que ele depende do sofrimento dessas pessoas para continuar no poder, porque se não fosse o sofrimento dessas pessoas - e o STF sabe disso também. E muitos líderes partidários aqui sabem disso também. Aliás, quase todos deputados, senão todos, sabem disso também - Depende-se do sofrimento dessas pessoas que são perseguidas políticas no Brasil, seja no 8 de janeiro, repito, sejam os parlamentares, inclusive a mim, seja do Daniel Silveira, que lá atrás foi, seja de qualquer um, inclusive do Bolsonaro. Eles dependem desse medo, que as outras pessoas têm em virtude do que está acontecendo com essas, para continuar no poder”.
O deputado lembrou que só há um candidato que representa a direita e apontou: “está muito claro o motivo dessa candidatura. Está muito claro por que eu jamais poderia aceitar não dar uma alternativa para o povo brasileiro, e para a Câmara dos Deputados, que defenda do início ao fim o que é certo e que não negocie com o PT, não tenha acordo com Lula, esteja com a consciência tranquila. E pedindo também para os deputados todos votarem no sábado, dia 1 de fevereiro, com a consciência tranquila. O voto é secreto e é por isso mesmo que eu confio que muitos, na hora do voto, vão votar de acordo com a consciência e para não se arrepender, porque eu posso estar errado, como eu disse. Não sou vidente, mas tenho experiência do que aconteceu no passado. Muita coisa foi prometida já no passado por candidatos que tiveram o voto da direita, e não só não foi cumprida, como fizeram exatamente o contrário. Eu não dou. Eu digo que é questão de dias para que venha a decepção e arrependimento de muita gente, como veio no passado, que eventualmente tinha opção e decidiu por não votar na candidatura que é da oposição, que é uma candidatura de direita”.
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