O deputado Delegado Ramagem, policial federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência, analisou a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu entorno. Ele apontou: “O objetivo é tirar o Bolsonaro da política; não apenas torná-lo inelegível, mas prendê-lo e também vários aliados, mesmo que necessário descumprir a lei, atropelar o ordenamento, proceder a essas arbitrariedades, ir contra as garantias e os direitos do cidadão”.
O ex-diretor da Abin explicou que a peça se utiliza de três principais contextos para criar sua narrativa, e que nenhum dos três faz qualquer sentido. Ele iniciou mostrando que a delação premiada do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, é completamente nula, tendo sido obtida por meios ilegais, com o delator claramente coagido não só a fazer a delação, mas também na criação da narrativa. Ramagem questionou: “O julgamento no STF vai aceitar essa toda, essa clara ilegalidade desse procedimento? É claro que essa delação não serve como instrução do processo”. O deputado acrescentou que, mesmo com a delação sob medida, não foi possível imputar crimes aos acusados.
Delegado Ramagem explicou ainda que uma das acusações consiste em tentar criminalizar o debate público e a própria atividade parlamentar. Ele apontou: “isso porque a PGR tem que colocar um elo para o golpe que não existiu”. O deputado apontou ainda que, ao assinalar um início da suposta atividade, a PGR desconsiderou que a lei vigente à época era outra e explicou: “o que se verifica é que a PGR correu para iniciar essa ação penal”. Ramagem explicou: “a condenação do Bolsonaro já está pronta há muito tempo”.
O deputado expôs ainda o absurdo de acusar de “golpe de estado” pessoas que sequer fizeram atos preparatórios. Ee disse: “A vontade deles é de criar um vínculo do Bolsonaro com o 8 de janeiro. Só que eles não conseguiram porque não há. (...) não houve qualquer tipo de chamamento ao 8 de janeiro, de coordenação, supervisão, financiamento, liderança, nada”. O deputado expôs: ‘[a denúncia] está mais para um compromisso político do que para a busca da justiça”.
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