O deputado Coronel Meira comemorou, pelas redes sociais, a notícia de que o pedido, feito pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de prisão do jornalista Oswaldo Eustáquio, foi negado na Espanha.
O deputado disse:
“Vencemos! Acabou de sair a notícia de que foi negado o pedido de prisão preventiva do jornalista Oswaldo Eustáquio, que havia sido solicitado por Alexandre de Moraes.
Graças ao nosso trabalho, junto com outros 20 deputados, conseguimos mostrar para os espanhóis que Oswaldo é um perseguido político!
Essa é a primeira derrota internacional de Moraes, a primeira de muitas. Estamos juntos nessa luta!”
Em vídeo, o deputado conversou com o jornalista, que agradeceu por sua atuação junto às autoridades espanholas. Coronel Meira disse: “É a primeira derrota de Alexandre de Moraes a nível internacional. E vão vir muitas outras. E, se Deus quiser, o que o Elon Musk disse, o que mais a gente quer, hoje, o povo brasileiro, o conservadorismo, é ver Alexandre de Moraes atrás das grades, porque ele realmente é um ditador. E isso vai acabar no Brasil”.
O diretor do Instituto Liberal, João Luiz Mauad, também comemorou: “mais uma derrota para Moraes no exterior. Depois da rejeição de três pedidos de prisão preventiva no Paraguai e da recusa da Interpol em incluir seu nome na lista vermelha, reconhecendo-o como um perseguido político, o Jornalista Oswaldo Eustáquio teve o pedido de prisão preventiva recusado pela justiça espanhola”.
A jornalista Vicky Richter, que foi detida pela PF de Moraes no Brasil, anunciou a decisão, classificando-a como uma “derrota humilhante” para Moraes:
“MORAES HUMILHADO: ESPANHA RECUSA PEDIDO DE PRISÃO DE JORNALISTA BRASILEIRO
O censor-chefe do Brasil, Alexandre de Moraes, sofreu mais uma derrota humilhante em sua perseguição política contra o jornalista Oswaldo Eustáquio.
Moraes queria que a Espanha prendesse e extraditasse Eustáquio—mas as autoridades se recusaram a fazer seu trabalho sujo. Em vez disso, um tribunal espanhol negou o pedido, garantindo que o jornalista permaneça livre enquanto seu pedido de asilo segue em andamento.
E essa não é a primeira vez que Moraes vê sua perseguição exposta ao mundo:
🔴 Paraguai também recusou prender Eustáquio.
🔴 A Interpol sequer colocou seu nome na lista de procurados, reconhecendo a perseguição como puramente política.
Moraes pode calar vozes no Brasil, mas fora de sua bolha autoritária, o mundo está vendo quem ele realmente é.
A verdade está vencendo. A maré está virando”.
A escritora Claudia Wild disse: “Uma vitória para mais um perseguido político. Oswaldo Eustáquio não será preso na Espanha a mando de Alexandre de Moraes. A justiça espanhola rejeitou sua ordem de prisão. Certamente, agora, facilitará seu pedido de asilo”.
O senador Flávio Bolsonaro compartilhou a notícia e lamentou: “Enquanto isso, o Alexandre de Moraes segue na contra-mão do mundo para “salvar a democracia”… não tem perigo de dar certo!”
Algumas semanas antes do julgamento, os senadores Eduardo Girão, Magno Malta e Rogério Marinho foram à Embaixada da Espanha para relatar às autoridades a brutal perseguição da qual o jornalista Oswaldo Eustáquio é vítima, assim como outros tantos brasileiros.
O jornalista Oswaldo Eustáquio é um caso extremamente emblemático da perseguição política promovida pelo ministro Alexandre de Moraes e seus aliados. O jornalista foi preso ao retornar ao Brasil, por alegado “risco de fuga” de uma investigação sobre a qual ele nunca havia sido informado. Na prisão, o jornalista perdeu o movimento das pernas em decorrência de um estranho “acidente” que não foi investigado. O jornalista teve uma boa recuperação posterior, após longos meses de tratamento.
Colocado em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, o jornalista sofria com constantes problemas do equipamento, que foram inclusive registrados em vídeo. Entre diversas prisões ilegais, o jornalista se refugiou em diversos países e sua família, que já sofria com a intensa perseguição, passou a ser alvo de medidas absurdas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, que bloqueou contas bancárias de sua filha desde a infância. Mais recentemente, o ministro ordenou até mesmo uma revista íntima da menina, agora adolescente, e de sua mãe, em uma busca e apreensão com fins claramente intimidatórios, visto que nenhuma das duas é investigada nos inquéritos. Assim como seu pai, Mariana Eustáquio já se tornou um símbolo da perversa perseguição política no Brasil.
Assim como os filhos do jornalista Oswaldo Eustáquio, milhares de outras crianças sofrem com a perseguição política contra seus pais, avós e familiares. A violação de direitos de crianças e violação ao sistema acusatório, com o Ministério Público sendo ignorado, já se tornaram comuns no país, com a permanência e expansão dos inquéritos políticos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal. Crianças tiveram suas casas invadidas desde 2019 e até mesmo seus equipamentos eletrônicos apreendidos, em meio às buscas e apreensões, ordenadas sem qualquer indício de crime, que, muitas vezes, tiravam todos os bens eletrônicos de famílias e privando as crianças até mesmo das aulas remotas durante a pandemia. Crianças foram separadas de seus pais e mães, ou de seus avós, afastados da família em prisões políticas ou no exílio. Outras crianças ficam, na prática, presas com seus pais, que não podem deixar a casa e não têm meios de sustento para prover atividades para os filhos. Algumas crianças viram seu pai perder até mesmo o movimento das pernas devido a um estranho acidente enquanto estava preso por crime de opinião. Outras crianças sofrem com as consequências econômicas dos bloqueios de bens e confiscos a que suas famílias são submetidas, além do ass*** de reputações promovido pela velha imprensa.
Há mais de cinco anos, o ministro Alexandre de Moraes conduz, em segredo de justiça, inquéritos políticos direcionados a seus adversários políticos. Em uma espécie de “parceria” com a velha imprensa, “matérias”, “reportagens” e “relatórios” são admitidos como provas, sem questionamento, substituindo a ação do Ministério Público e substituindo os próprios fatos, e servem como base para medidas abusivas, que incluem prisões políticas, buscas e apreensões, bloqueio de contas, censura de veículos de imprensa, censura de cidadãos e parlamentares, bloqueio de redes sociais, entre muitas outras medidas cautelares inventadas pelo ministro.
O mesmo procedimento de aceitar depoimentos de testemunhas suspeitas e interessadas, e tomar suas palavras como verdadeiras, se repete em diversos inquéritos nas Cortes superiores. Esses depoimentos, “relatórios” e “reportagens”, produzidos por pessoas interessadas, embasam medidas extremas contra conservadores, sem qualquer chance de defesa ou acesso ao devido processo legal.
A Folha Política já teve sua sede invadida e todos os seus equipamentos apreendidos. A renda do jornal está sendo confiscada a mando do ministro Luís Felipe Salomão, ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, com o aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. Todos os rendimentos de mais de 20 meses de trabalho de jornais, sites e canais conservadores são retidos sem qualquer base legal.
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