O deputado Luiz Lima, da tribuna, apontou o absurdo de a Câmara dos Deputados ter uma “comemoração” da redemocratização do país enquanto o Brasil tem presos políticos e parlamentares perseguidos. Ele disse: “hoje, 40 anos depois, a democracia está mais fragilizada. Há um desequilíbrio entre os Poderes em que a vaidade toma toda a razão de um juiz, de um ministro, que deveria tomar uma decisão baseada na própria justiça e na Constituição. Isso não acontece”.
Luiz Lima mencionou a perseguição ao deputado Eduardo Bolsonaro e a prisão do então deputado Daniel Silveira, lembrando que a prisão de Silveira foi confirmada pela própria Câmara dos Deputados.
O deputado lembrou ainda as absurdas condenações a pessoas com relação com o dia 8 de janeiro, comparando com a impunidade para outros crimes semelhantes. Ele apontou que mesmo parlamentares de esquerda concordam que o Supremo Tribunal Federal está passando dos limites. Luiz Lima disse: “O que nós observamos, aqui, no 8 de janeiro, foi um Poder Judiciário, representado pelo STF, sem a mão na justiça. Hoje, nós temos brasileiros presos, assim como Daniel Silveira, que, daqui a 20 anos, quando esses Ministros não estiverem mais no STF, estiverem chegando aos seus 75 anos de idade, certamente serão indenizadas pelo Estado brasileiro. O Deputado Daniel Silveira será indenizado pelo Estado brasileiro. Todas essas pessoas, que, sem provas, sem fotos, sem gravação, sem depoimento contrário, sem direito de defesa, estão presas serão indenizadas pelo Estado brasileiro”.
Luiz Lima afirmou: “O que está sendo feito hoje é uma guerra política e usando pessoas, as suas vidas, as suas famílias, para ocupar um espaço político no nosso País. Eu sou professor de educação física em Copacabana, sou Deputado Federal há 7 anos, fui Secretário Nacional de Esporte durante o Governo Temer e eu nunca testemunhei, nem no lugar mais perigoso do Rio de Janeiro, tamanha agressão à Justiça como a que eu tenho observado aqui em Brasília”.
Lima prosseguiu: “Hoje é mais arriscado ser um Deputado Federal e subir nesta tribuna do que ser um cidadão sem mandato, um cidadão, eu diria, quase livre, porque hoje no Brasil não há liberdade”. O deputado fez um apelo: “há solução, mas é preciso que o Supremo Tribunal Federal, os 11 Ministros que foram escolhidos pelos Presidentes da República, nos últimos anos, tenham a consciência de que a razão tem que estar na frente da sua emoção e da sua vaidade”.
O deputado resumiu: “40 anos após a redemocratização, a gente tem menos liberdade, menos transparência política, não entende a regra do jogo”.
O deputado Sargento Gonçalves, falando em seguida, confirmou: “Em momentos de crise, há necessidade de expor e conscientizar a nossa população do que tem acontecido em nosso País. Sr. Presidente, queria aproveitar esse tempo para me solidarizar com o Deputado Federal Eduardo Bolsonaro, e não apenas com ele, mas também com o povo brasileiro. Infelizmente, a democracia brasileira sangra devido à perseguição política, devido ao estado de exceção, à ditadura da toga, que, infelizmente, está implantada no nosso País. No dia de hoje, fomos surpreendidos com a informação do Deputado Eduardo Bolsonaro de que iria se licenciar por 4 meses, o que, na verdade, é um exílio, uma informação de exílio nos Estados Unidos. Já temos jornalistas, já temos juíza, já temos vários cidadãos brasileiros exilados fora do Brasil e, hoje, infelizmente, um Deputado Federal. Algo muito grave”.
Sargento Gonçalves relatou: “Como é triste ver minha esposa ligar hoje e dizer: "Meu filho, sai dessa situação!" Eu vi a minha esposa dizer isso para mim quando eu estava trocando tiro com bandido na Polícia. Minha esposa estava preocupada com essa perseguição, covardia por parte dessa ditadura da toga que está instalada, infelizmente, no nosso País”.
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