domingo, 9 de março de 2025

Gayer e personalidades rebatem ‘notícia’ sobre ministro do STF e eleições para o Senado: ‘se nós tivermos maioria, acaba a fuleragem’


O deputado Gustavo Gayer se manifestou sobre o “recado” enviado através da velha imprensa alinhada à ditadura, em que o jornalista Lauro Jardim, do grupo Globo, “noticiou” que um ministro anônimo do Supremo Tribunal Federal estaria conversando com governadores esquerdistas, tentando convencê-los a se candidatarem ao Senado, para competir com os candidatos indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. 

A “notícia” foi alvo de diversos comentários, com centenas de internautas lembrando que a Lei do Impeachment prevê, entre os crimes de responsabilidade de ministros do Supremo Tribunal Federal, a participação em atividades político-partidárias. A naturalidade com que o jornalista relata o crime de responsabilidade também foi alvo de comentários. 

O deputado estadual Major Mecca disse: “A democracia sendo manipulada por articulações nos bastidores. O STF deveria garantir a Constituição, não interferir na política. Se um ministro articula contra Bolsonaro no Senado, há um claro desvio de função e violação da separação dos poderes. O Senado tem o papel constitucional de fiscalizar os ministros do STF, podendo abrir CPIs e até impeachment. Será esse o medo?”. 

O pesquisador Enio Viterbo declarou: 

“Vamos ser bem claros aqui:

Nós temos um ministro do STF que está fazendo atividade político-partidária.

Em qualquer país do mundo isso seria um escândalo de proporções inacreditáveis.

E pior, esse ministro que se coloca como adversário de Bolsonaro vai julgar seu processo no STF.

Isso é uma das coisas mais bizarras no "garantismo" brasileiro.

As atividades políticas dos ministros do STF NUNCA são comentadas por esses "garantistas".

Ex.: O fato de Moro ter se tornado Ministro da Justiça de Bolsonaro é tomado como prova da parcialidade, mas Lewandowski pode se tornar Ministro da Justiça de Lula sem que isso levante a menor suspeita.

Alcolumbre não vai abrir processo de impeachment.

A eleição de 2026 pro Senado é muito importante”.

O diretor do Instituto Liberal, João Luiz Mauad, resumiu: “O Brasil já não é mais uma várzea. Virou puteiro. PS: A notícia é do Lauro Jardim (O Globo)”

O escritor Flávio Gordon ironizou: “Reescrevendo a manchete na linguagem de seres humanos decentes: Como um ministro do STF vem VIOLANDO A LEI QUE O IMPEDE DE EXERCER ATIVIDADE POLÍTICO PARTIDÁRIA E SE INTROMETER NOS ASSUNTOS DE OUTRO PODER”.

O advogado Andre Marsiglia disse: 

“Segundo o jornal, o ministro conversa com senadores para que se candidatem e minem a influência de Bolsonaro no futuro Senado. 

O art 39 da 1079/50, a lei de impeachment, impede que ministro exerça atividade política e incompatível com sua função. É o caso. Bastaria um governador denunciar o ministro. 

Mas não ocorrerá, pois os governadores e o ministro acham que estão salvando a democracia e o presidente do Senado acha que impeachment não é a solução”.

O deputado Gustavo Gayer, em vídeo, lembrou que o STF vem empreendendo uma cruzada pela censura, para destruir politicamente seus adversários. Ele apontou: “nós temos o STF na tentativa de censurar a internet, em conluio com o governo. E essa é uma batalha que a gente não pode perder, porque, se a gente perde ela, a gente perde a capacidade de continuar na luta. Seremos todos censurados. É exatamente o que eles querem”.

Gayer explicou que, na próxima eleição, serão eleitos 54 senadores, e que o campo da direita vê a possibilidade de eleger muitos candidatos. Ele expôs: “Se nós elegermos pelo  menos 30 senadores, só 30 desses 54, a gente ganha, a gente vira o jogo”.

O deputado disse: “olha só essa matéria: um ministro do STF andou conversando com governadores com o objetivo de convencê-los a se candidatarem ao Senado e assim impedir que Jair Bolsonaro eleja maioria na casa parlamentar. O que ele está pretendendo fazer? (...) Bolsonaro está empenhado em fazer o maior número de senadores e o Senado é a casa onde se pode iniciar o impeachment de ministro do STF”.

Gayer acrescentou: “olha o ridículo, além de tudo o que eles estão fazendo, que o desrespeito à Constituição. Além da perseguição, além da censura, eles querem interferir em quem serão os candidatos ao Senado em 2026? Porque eles sabem que se nós elegemos a maioria, (...) acaba a fuleragem”. O deputado conclamou: “Agora nós temos que eleger os senadores que estão dispostos a devolver a democracia pro Brasil, a acabar com esse medo que as pessoas têm de falar ou dar as suas opiniões e manifestar nas ruas e fazer o impeachment daquele que transformou o Brasil numa ditadura da toga”.

Muitos jornalistas e veículos conservadores vêm sendo implacavelmente perseguidos, como é o caso da Folha Política. Nossa sede foi invadida e todos os nossos equipamentos foram apreendidos, a mando do ministro Alexandre de Moraes. À época, o jornalista Alexandre Garcia assinalou que algo semelhante só havia ocorrido na ditadura Vargas, não havendo qualquer exemplo semelhante durante o tão falado regime militar. Mesmo em ditaduras consolidadas, não é comum que se apreendam todos os equipamentos, em claríssima violação a tratados internacionais como o Pacto de São José da Costa Rica. 

Posteriormente, a Folha Política foi alvo do ministro Luís Felipe Salomão, que ordenou o confisco da renda de diversas pessoas, sites e canais conservadores, para impedi-los de exercer suas atividades. Mais de 20 meses da renda dos veículos e comunicadores afetados seguem confiscados, enquanto o inquérito vai sendo transmitido de relator em relator. 

Outros jornalistas e comunicadores foram presos sob alegações como a de sair do país sem saber que estavam sendo investigados. Um deles perdeu o movimento das pernas em um estranho acidente na cadeia, enquanto estava preso por crime de opinião. Ao conseguir refúgio em outro país, viu sua família ter suas contas bloqueadas para que não pudessem receber doações de pessoas que se sensibilizam com a situação de seus filhos. Vários pedem há anos que apenas devolvam seus equipamentos eletrônicos, inclusive com as memórias de entes queridos e da própria família. Outros buscaram refúgio em outros países e são considerados “foragidos” e são alvo de campanhas de difamação pela velha imprensa. 

As medidas arbitrárias impostas aos jornalistas e comunicadores conservadores, por suas características processuais, violam diversos artigos da Constituição e também de tratados como a Declaração Universal de Direitos Humanos e o Pacto de São José da Costa Rica, que protegem a liberdade de expressão e vedam tribunais de exceção. 

Os exemplos são muitos e a perseguição não cessa. Casas invadidas, redes bloqueadas, censura, bloqueio de contas, confisco de bens, cancelamento de passaporte, proibição de contato, entre outras. Nos inquéritos políticos conduzidos em cortes superiores, basta que parlamentares de extrema-esquerda apresentem “relatórios” ou “reportagens” produzidos por pessoas suspeitas e interessadas, acompanhados de listas de pessoas a serem perseguidas, para que essas pessoas sejam privadas de direitos fundamentais. 

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