O ex-presidente Jair Bolsonaro discursou a uma multidão que foi à avenida Paulista para pedir a anistia para os presos e perseguidos políticos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro lembrou que, há uma semana, houve um evento fracassado da extrema esquerda no mesmo local, e disse: “quanto à anistia, já perderam essa guerra. A grande maioria do povo brasileiro entende as injustiças e agora se socorre da Câmara e do Senado para fazer justiça”.
Bolsonaro lembrou o caso exemplar da cabeleireira Débora Rodrigues, lembrando que uma mãe ficou mais de dois anos separada de seus filhos pequenos. Ele disse: “Débora foi para domiciliar, mas já tem dois votos no Supremo - de Alexandre de Moraes e Flávio Dino -, para condená-la a 14 anos de prisão. Eu não tenho adjetivos para qualificar quem condena uma mãe de 2 filhos a uma pena tão absurda, por um crime que ela não cometeu. Só um psicopata para falar que aquilo que aconteceu no 8 de janeiro foi uma tentativa armada de golpe militar. (...) E condenam essas pessoas de baciada”.
O ex-presidente prosseguiu apontando outros absurdos: “olhem só o que está acontecendo no Supremo no dia de hoje, apesar de domingo: eles já formaram maioria para condenar a uma pena absurda um pipoqueiro e um sorveteiro por golpe de estado armado. É inacreditável o que acontece”. Bolsonaro falou em inglês para dar um recado para o mundo: “é uma vergonha condenar esses dois por um golpe que não existiu”.
Bolsonaro rebateu as grotescas acusações feitas contra ele, e explicou: “quem deu o golpe em outubro de 22? Quem tirou o Lula da cadeia? ‘foi um CEP errado’ O cara, condenado, é tirado da cadeia. Quem descondenou o Lula? Os mesmos. O que mais eles fizeram para botar o Lula lá?”. Bolsonaro lembrou uma série de interferências na eleição de 2022, como a censura ampla e aberta à sua campanha e à direita. Ele lembrou: “derrubaram páginas, criaram resoluções fora do tempo legal para perseguir a direita”. Bolsonaro lembrou ainda: “fizeram campanha para menores tirarem título de eleitor - mais de 4 milhões de novos títulos. E mais: poderia ser a pá de cal - o ministro Benedito cochicha para Alexandre de Moraes ‘missão dada, missão cumprida’”. O ex-presidente questionou: “Quem deu o golpe em 22? Quem pesou a mão por ocasião das eleições? O golpe foi dado. Tanto é que o candidato deles está lá”
O ex-presidente mencionou que houve até quem admitisse a interferência alegando que teria sido “pelo bem da democracia”. Ele disse: “se Alexandre de Moraes salvou a democracia, se ele evitou um golpe, por que ele viaja de avião particular, da FAB, para assistir ao Corinthians em SP? Ele tinha que viajar de avião de carreira, como eu, para ser aplaudido”.
Bolsonaro lembrou que, no fim de seu governo, o país estava indo bem, com emprego e superávit, e disse: “mas a interferência, a mão pesada, fez mudar o resultado final das eleições (...) Nós sabíamos o que estavam fazendo. Lamentavelmente, a pressão foi enorme, inclusive de fora do Brasil. Mas nós temos esperança”. O ex-presidente disse: “o golpe deles só não foi perfeito porque, no dia 30 de dezembro, eu saí do Brasil. Se eu estivesse no Brasil, seria preso no dia 8 de janeiro e estaria apodrecendo na cadeia ou, quem sabe, assassinado por esses canalhas”.
Bolsonaro disse acreditar que, no próximo ano, o TSE terá uma condução isenta e os brasileiros poderiam voltar a confiar nas eleições. Ele ponderou que os representantes da direita estão sendo tornados inelegíveis, e disse: “dizem que eu sou golpista. Por que, então, o ministro Flávio Dino sumiu com as imagens? Se o golpe é meu, mostre as fitas!”.
O ex-presidente alertou que alguma “covardia” pode acontecer com ele, lembrou que seu filho Eduardo está nos Estados Unidos, e disse: “daqui a duas semanas, a justiça americana começa a investigar o caso Filipe Martins, aquele que foi acusado por Shor e seu chefe de ter fugido do Brasil. Prenderam o cara por 6 meses!. Me convocaram várias vezes para depor na PF, até sobre baleia. Por que não me convocou para perguntar se Filipe Martins estava ou não no voo? Chantagearam um tenente-coronel ameaçando prender pai, mulher e filha; por que não perguntaram para ele se Filipe Martins estava nesse voo? Acharam que, prendendo o garoto, em poucas semanas, ele faria uma delação. Não conseguiram”.
Bolsonaro lembrou a importância das eleições para o Congresso no próximo ano, apontando que, com um senado forte, com pessoas comprometidas com a constituição, será possível julgar os abusadores. Ele lembrou: “Bukele fez em El Salvador. Podemos fazer o mesmo aqui”.
Bolsonaro lembrou: “a luta é pela liberdade dessas pessoas que estão condenadas a 17 anos de cadeia. (...) Isso é uma maldade, uma desumanidade”. Ele lembrou que, embora Débora seja um símbolo, há inúmeras vítimas da perseguição política. Bolsonaro lamentou: “nove ministros votando para condenar pessoas humildes a uma pena tão grave por um crime impossível”
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