O ex-presidente Jair Bolsonaro anunciou que será submetido a uma nova cirurgia, para tratar das sequelas do ataque de um militante da extrema-esquerda, na campanha de 2018, que quase tirou sua vida. Bolsonaro será transferido de Natal para Brasília, onde será operado.
O ex-presidente compartilhou texto que anunciava a cirurgia e disse:
“Passamos a vida prontos pra qualquer batalha: política, jurídica, eleitoral, física até... Mas às vezes o que nos derruba não é o inimigo de fora, é o nosso próprio corpo.
- Ontem fui internado às pressas com dores intensas e uma forte distensão abdominal, talvez sem me dar conta da gravidade da situação.
- Depois de tantos episódios semelhantes ao longo dos últimos anos, fui me acostumando com a dor e com o desconforto. Mas, desta vez, até os médicos se surpreenderam.
- O Dr. Claudio Birolini me explicou que este foi o quadro mais grave desde o atentado que quase me tirou a vida em 2018.
- Momentos assim lembram que as maiores batalhas, muitas vezes, não se travam em praça pública, mas dentro de nós.
- Lembram também que a missão continua, mas talvez com um pouco mais de atenção ao que me sustenta nela: a saúde, minha esposa, meus filhos e a fé em Jesus Cristo.
- Estou estável, em recuperação, e mais uma vez cercado por profissionais competentes, a quem só posso agradecer.
- Em Brasília ou em São Paulo, após minha transferência, provavelmente passarei por uma nova cirurgia.
- Conto com a oração de todos vocês. O apoio que tenho recebido faz toda a diferença.
- Seguimos firmes. Um passo de cada vez. Em breve estarei de volta para lutar pela anistia dos presos políticos e por um país mais livre e mais próspero, como o povo brasileiro merece”.
Em Natal, Bolsonaro recebeu as visitas dos senadores Magno Malta e Rogério Marinho, além do ex-ministro Gilson Machado, que já o acompanhava. Os senadores explicaram a situação de saúde do ex-presidente e anunciaram que ele deve voltar a Brasília. Em vídeo, Bolsonaro também relatou que havio uma possibilidade de ser transferido para Brasília para avaliação da necessidade de mais uma cirurgia.
O senador Rogério Marinho relatou como o mal-estar do ex-presidente interrompeu uma turnê que ele havia iniciado pelos estados do Nordeste. Marinho contou que Bolsonaro sentia dores desde o primeiro evento, mas queria continuar em respeito aos cidadãos que lá estavam. O senador disse: “esse presidente é uma pessoa que tem muita vitalidade, muita saúde, mas ele sofre muito com as pressões que ele tem no dia a dia, com má alimentação. É alguém que percorre o Brasil nesse trabalho quase missionário. (...) Ele não queria parar porque as estradas estavam cheias de pessoas. Em cada um das cidades que a gente passava, as pessoas com bandeiras, com faixas. (...) Chegou um momento em que nós entendemos que o mais importante é a saúde”.
O senador Magno Malta, por seu turno, lembrou que os problemas de saúde de Bolsonaro são sequelas do ataque que sofreu, de um militante da extrema-esquerda, e que esse militante continua sendo protegido, bem como as informações sobre seus financiadores e possíveis mandantes do crime. Magno Malta conclamou os cidadãos a orarem e jejuarem pela recuperação de Bolsonaro.
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