Caroline de Toni não se dobra ao STF em manifestação, Sóstenes enfrenta e vice-presidente da Câmara extrai promessa pública de governadores

Durante a mega manifestação que lotou a avenida Paulista pedindo a anistia para os presos e perseguidos políticos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, os deputados Altineu Côrtes, primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados, e Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, mostraram que a maioria da população apoia a anistia e que isso deve se refletir na Câmara. 

O deputado Sóstenes Cavalcante lembrou que seu partido tem quase cem deputados e apontou: “Eu fico vendo essa esquerdalha que veio aqui na semana passada e colocou meia dúzia de gatos pingados para falar contra algo que é justiça para essas pessoas injustiçadas. Disseram que a direita não estava unida. Hoje, o recado que nós damos para todo o Brasil: a direita está mais unida do que nunca”.

Sóstenes explicou que já tem 162 assinaturas no pedido de urgência para o PL da Anistia e disse que, amanhã, publicará os nomes e fotos dos deputados indecisos. Ele disse: “até quarta-feira, com a ajuda dos governadores, teremos, sim, as 257 assinaturas, se Deus quiser. E aí será pautado, querendo ou não a câmara dos deputados. Quero só dizer: ninguém vai nos parar até que a anistia seja aprovada. Deus abençoe o Brasil”.

O deputado Altineu Côrtes, por seu turno, afirmou: “o presidente da Câmara, Hugo Motta, é um presidente que vai ser pautado pela maioria da Câmara dos Deputados”. Ele cobrou dos governadores ali presentes o apoio de seus partidos à pauta da anistia, e recebeu a confirmação de apoio de seis partidos: PL, Republicanos, União Brasil, Novo, Progressista, e PSD. Altineu Côrtes afirmou: “nós temos a maioria e nós vamos lutar e vamos pautar a anistia”.

O ex-presidente Jair Bolsonaro publicou uma fotografia ao lado dos governadores que defenderam a anistia e disse:

“Ao meu lado, nesta foto, governadores que representam a maioria do povo brasileiro. Somados ao governador Cláudio Castro, do RJ (que não pôde estar presente por conta das fortes chuvas no estado), esses governadores representam 117,1 milhões de brasileiros, cerca de 58% da população do nosso Brasil.

- A maioria dos brasileiros apoia a liberdade, a justiça e a pauta humanitária da anistia.

- Seguimos juntos, com fé no Brasil! Contra a crueldade praticada contra milhares de famílias. Contra o abuso de poder. E por um país livre, sem censura e sem perseguição!”

A deputada Caroline de Toni resumiu a urgência da anistia: “O que temos visto não é só uma injustiça, mas uma iniquidade, por parte da mais alta corte do país. Não podemos admitir que pessoas que não tinham nenhuma passagem pela polícia, que são verdadeiros inocentes, estejam sendo condenadas a 14 e 17 anos de prisão injusta. A Jane, esposa do Clezão, está aqui para provar. O marido dela foi pior: ele teve uma sentença de morte por parte dessas injustiças vindas do STF, enquanto que assaltantes, assassinos e corruptos estão soltos ou tendo benefícios por parte da justiça. E o que falar dos esquerdistas que foram anistiados quando cometeram assaltos a mão armada, assassinatos, atentados a bomba, tiveram anistia irrestrita e geral, e agora, de forma hipócrita, não querem anistia humanitária para inocentes, os presos políticos do 8 de janeiro”.

A deputada expôs 30 metros de papel com algumas das violações de direitos cometidas pelo ministro Alexandre de Moraes e seus aliados: “Nós temos aqui 30 metros de denúncias por parte da grande mídia. Notícias das injustiças, das perseguições, das violações aos direitos humanos, feitas por parte do Supremo Tribunal Federal aos perseguidos de direita, sejam políticos, influenciadores, empresários, o que demonstra que existe hoje uma verdadeira perseguição implacável a todo aquele que é de direita. Eles querem calar a nossa voz, tirar os nossos direitos e acabar com a direita, mas nós não iremos nos calar. Iremos até o fim pela liberdade e anistia já”. 

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas que apenas têm um discurso diferente do imposto pelo cartel midiático vêm sendo perseguidos, há muito tempo, em especial pelo Judiciário. Além dos inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, também o ex-corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, criou seu próprio inquérito administrativo, e ordenou o confisco da renda de sites e canais conservadores, como a Folha Política. Toda a receita de mais de 20 meses do nosso trabalho está bloqueada por ordem do TSE, com aplauso dos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Edson Fachin. 

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